Afirmar
que exista esta tal “cura interior”, pressupõe a falsa garantia
de que nós como cristãos não teremos mazelas de nenhuma espécie.
Como se Deus tivesse a obrigação de nos curar naquilo que queremos.
Ou como se ficar doente, sofrer de uma depressão ou outro tipo de
problema fosse algo restrito aos que estão “em pecado”.
No
livro de Jó vemos exatamente esta proposição por parte dos seus
“mui amigos”. Eles afirmavam que se tudo não estava bem, então
havia algo que necessitava ser (ou deixado de ser) feito para que as
bênçãos de Deus fossem alcançadas. O mais interessante é como
Jó, tendo todos os motivos para concordar com os conselhos
recebidos, ainda sim cria em algo que transcende qualquer problema: a
convicção de que a benção de Deus (incluindo a salvação) não
pode ser obtida por méritos humanos; ou seja, Deus dá de sua Graça
generosa conforme lhe aprouver. E a subtrai igualmente segundo os
mesmos desígnios.
Condicionar
ser “bem sucedido” a ter o favor de Deus é uma das maiores
heresias que nosso cristianismo absorveu empiricamente. Por que
analisando a vida dos cristãos do primeiro século, NENHUM deles
teve um bom fim. Foram perseguições, torturas, fome, nudez,
prisões, mais crucificações e morte. Os primeiros heróis da fé
cristã foram os que mais sofreram dentre todos.
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