sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O RELIGIOSO

Parece crente. Só parece. Está mais interessado em coisas do que em pessoas. É frio, legalista, implacável com os erros dos outros. Geralmente é narcisista, implicante e beligerante. Está mais preocupado com a organização do que com o organismo. Via de regra é invejoso. O seu coração é de pedra, insensível, voltado para os seus interesses pessoais. Está mais preocupado em levar vantagem. Adepto do maquiavelismo. O religioso está mais preocupado com a opulência, as coisas “boas” da vida. Tem interesse em julgar os outros, desconstruir o próximo para levar vantagem. Usa os ombros do próximo como escada para subir na vida. O religioso é interesseiro e gosta de fazer barganha com Deus. A sua vida é dupla porque a sua mente é dividida. O religioso aprecia se esforçar em função do mérito. Faz as coisas para Deus para ser aceito. Gosta de pódio e recebe muito bem os elogios e o reconhecimento. O religioso não tem misericórdia de ninguém. Honra o Senhor com os lábios, mas o seu coração está distante dEle (Mt 15.8). As suas atitudes e os seus atos não correspondem ao que diz crê. O religioso é falso, dissimulado e faz tudo para se manter em sua posição. Não medirá esforços para desconstruir seja o irmão da igreja, colega de denominação, de trabalho ou de escola. O religioso tem aparência de piedade, lê a Bíblia e até ora, mas a vida não muda. Os religiosos da época de Jesus conheciam muito bem as Escrituras no AT. Jesus os chamou de sepulcros caiados. Eram verdadeiros atores. É muito triste se observar nas igrejas e na denominação a falsidade campeando. Ambientes de disputas, invejas e dissimulações. O religioso está no grupo de 2 Timóteo 3.1-5: ganancioso, arrogante, presunçoso, blasfemo, ingrato, sem afeição natural, difícil de perdoar, caluniador, descontrolado, cruel, traidor, inconsequente e orgulhoso. Aqui é o coquetel de destruição daqueles que vivem ao seu redor. O religioso não sabe o que é amor, paz, longanimidade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, verdade, coerência, integridade. Portanto, ele não é de confiança. Muito cuidado. A palavra do religioso é relativa. Não se pode confiar nela. O religioso é perigoso, faccioso e quinta coluna. Não é fácil identifica-lo, mas o Espírito Santo dá discernimento. O religioso, como ensina a epístola de Judas, é nódoa oculta, não tem escrúpulos, apascenta-se a si mesmo, é como nuvem sem água, levada pelos ventos; árvore sem folha e sem fruto, duplamente morta, cujas raízes foram arrancadas (Jd 12,13). O religioso não admite que está errado. Não se sujeita à repreensão. Tem tudo a ensinar e quase nada a aprender. Possui ouvidos de mercador. Altamente disperso. O religioso precisa, urgentemente, se arrepender dos pecados da religião e crer no evangelho de Cristo. Precisa se converter, nascer de novo. É triste afirmar que há em nossas igrejas e em nossa denominação (e até em lideranças) o religioso de carteirinha, escondido por trás de máscaras muito benfeitas. Na sua mesa e andanças é meramente profissional, frio e submisso a uma agenda pragmática. Engana os incautos, mas não os maduros, experimentados na fé, que têm discernimento. Se continuarmos a ter religiosos em determinadas áreas de nossa denominação, ela vai definhar e pode morrer de inanição. Precisamos de homens e mulheres que caiam de joelhos diante do Senhor pedindo misericórdia e graça. Homens e mulheres que tenham convicção de que a sua suficiência para o exercício do ministério vem somente de Deus (2 Co 3.5).

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