DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
Às vezes penso que é mais fácil amar o distante do que o próximo. A gente idealiza aqueles com quem não convivemos, realçamos suas virtudes em detrimento de seus defeitos para torna-los perfeitamente amáveis. Somos capazes de desculpar suas falhas, visto que estas não nos afetam diretamente, nem tampouco a pessoas com quem nos relacionamos. Mas quando se trata de alguém mais chegado, alguém a quem temos maior acesso, realçamos seus defeitos, suas falhas, e nos esquecemos de qualquer bem que tenha nos feito. Principalmente quando alguma decisão ou atitude sua atinge a pessoas por quem temos alguma consideração.
A uns, colocamos panos quentes. A outros, detratamos.
Antes de emitir algum juízo favorável sobre alguém, pergunte a si mesmo como você avaliaria o caso se você estivesse implicado na situação que ele causou. Antes de condenar, pergunte a si mesmo como você se posicionaria se não estivesse implicado. Lembre-se de que “dois pesos diferentes e duas espécies de medida são abominação ao Senhor, tanto um como outro” (Provérbios 20:10). Repare na ênfase encontrada no mandamento acerca disso: “Não carregueis convosco dois pesos, um pesado e o outro leve, nem tenhais à mão duas medidas, uma longa e uma curta. Usai apenas um peso, um peso honesto e franco, e uma medida, uma medida honesta e franca, para que vivais longamente na terá que Deus vosso Senhor vos deus. Pesos desonestos e medidas desonestas são uma abominação para Deus vosso Senhor” (Deuteronômio 25:13-16).
Se tive que agir com misericórdia e empatia, comece por quem está próximo de você, principalmente se foi você o prejudicado, ou alguém que você tanto considera.
Se tiver que agir com rigor, comece por você mesmo.
Ninguém sabe o dia de amanhã. Pode ser que um dia você necessite justamente da misericórdia que você negou a alguém.
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