A vida, tão precária e passageira, é um empréstimo que se hipoteca com as decisões de cada dia. Julgar-se dono é o princípio para acumular dívida sobre dívida, gastando mal tudo o que apenas é emprestado. É também o caminho para a desgraça. Não fazer frutificar os bens que foram emprestados para gerir é também uma opção de consequências incalculáveis. Procurar o bem, o que é justo, o que dignifica, o que enriquece, é a decisão que faz a vinha produzir fruto e encontrar alegria em dar ao dono da vida os frutos que lhe pertencem.
O cântico da vinha é um poema em que o Senhor denuncia as injustiças que se praticam diariamente em Israel. O Senhor rodeia de cuidados o seu povo para que aprendam a cuidar-se mutuamente no amor e o que acontece é a injustiça. Em vez dos frutos doces do amor o Senhor encontra agraços, frutos azedos do egoísmo.
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