FRUTO

“Meu Pai é glorificado nisto: em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (João 15.8). A palavra “fruto” aparece oito vezes em João 15.1-17, sempre no singular. Isto me intrigou e fui pesquisar. Descobri que em Gálatas 5.22, na expressão “fruto do Espírito”, a palavra também está no singular. E também está no singular em Filipenses 1.11, na expressão “cheios do fruto de justiça”, e em Efésios 5.9, na expressão “fruto da Luz”. Concluí que nas quatro passagens o termo “fruto” se refere a algo que é resultado direto do relacionamento do crente com Jesus. Isto é, Paulo apropriou de maneira adequada a ideia que está contida no ensino de Jesus em João 15: que somente quando o crente está ligado a Cristo – Paulo usa muito a expressão “unido a Cristo” – é que produz fruto próprio de uma nova criatura. Em Gálatas 5.22,23, ele produz o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, amabilidade e domínio próprio. Em Efésios 5.9, ele produz o fruto da luz: bondade, justiça, verdade. Em Filipenses 1.11, ele está cheio do fruto da justiça, que nessa carta é a alegria. Nessa figura da videira de João 15 aprendemos quatro lições básicas: 1. Somos apenas ramos, e somente os somos enquanto estivermos ligados à videira – “Sem mim nada podeis fazer” (v.5); 2. A nossa função é dar fruto, e fruto verdadeiro – “Eu vos escolhi e vos designei a ir e dar fruto, e fruto que permaneça” (v.16); 3. Para produzirmos um fruto melhor e mais abundante, Deus, como todo bom viticultor, nos poda – “meu Pai é o agricultor “ (v.1), “e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto” (v.2); 4. Quando produzimos fruto, glorificamos a Deus e não a nós próprios, e é dessa maneira que provamos ser de fato discípulos de Jesus – “Meu Pai é glorificado nisto; em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (v.8).