domingo, 4 de dezembro de 2016
ENERGICAMENTE
E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo:
Como secou imediatamente a figueira? (Mateus 21.20 - RC)
Eram dias muito agitados e cheios de contrastes. A mesma Jerusalém que acabara de bradar "Hosana!", logo mais gritaria "crucifica-o!". Jesus dividia-se entre a cura de cegos e coxos e a expulsão enérgica dos mercadores no templo. Nesse contexto, logo cedo, Jesus teve fome. Aproximou-se da frondosa figueira, porém, nenhum fruto encontrou. Sem titubear, simplesmente declarou: Nunca mais nasça fruto de ti! (Mateus 21.19). Imediatamente a figueira secou. Seus discípulos presenciaram isso e ficaram maravilhados. Perceberam o Jesus que se aproxima, condena o que não presta, mas aponta o caminho.
Jesus se aproxima da figueira em busca do fruto. O fruto serve para alimento de quem se aproxima e também para reprodução de sua espécie. A farta folhagem da figueira indicava que tinha fruto. Puro engano. Aquela figueira só tinha aparência. Muitas folhas, nenhum fruto. A figueira representa o povo de Deus que deveria dar frutos para alimentar todo aquele que se aproxima dele e reproduzir sua própria espécie. Representa aqueles que têm palavras exuberantes, mas nenhuma consistência, aparência vistosa sem verdade, teorias sem lastro, conceitos sem prática. Falam de amor, mas não amam. Falam de justiça, mas são iníquos. Jesus se aproxima de nós com fome, mas não encontra fruto. Todos passamos pela aferição do Senhor. Ele olha com atenção e profundidade nosso coração, nossas ações, palavras, olhares, em todo tempo, em todos os lugares, na busca de fruto.
E porque se aproxima, Jesus condena a figueira por sua esterilidade. Simples assim: Jesus foi direto, incisivo, enérgico. Os discípulos maravilharam-se também no sentido de ficarem assombrados. Perceberam que o mesmo Jesus que salva, condena; aproxima-se com ternura, mas decide com firmeza; age com amor, mas também com justiça. A figueira era inútil por ser estéril. Aliás, pior que não dar fruto, é fingir que se tem frutos. Jesus não tolera a hipocrisia. Reprova o que é falso. Ele procede assim pois é coerente. Sua aferição é precisa e sua decisão é cortante, como ensinou: todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda (João 15.2).
Diante do espanto de seus discípulos, Jesus usa a figueira para ensinar sobre a fé. À primeira vista, parece não haver qualquer conexão, não é verdade? Mas, a resposta de Jesus ao assombro dos discípulos foi: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis (Mateus 21.21-22). Em outras palavras, Jesus estava dizendo que a fé é a fonte para matar tudo aquilo que é falso em nós, exterminar tudo o que é estéril e infrutífero em nosso caminho. A fé em Deus nos faz remover todas as montanhas e barreiras que se interpõem em nosso caminho. A nossa fé em Deus, que nasce na presença de Deus, cresce na palavra de Deus, é a vitória que vence o mundo (1 João 5.4) e nos faz frutíferos, abençoados e abençoadores.
Jesus continua agindo energicamente para nos salvar de nós mesmos, daquilo que é infrutífero em nosso coração, daquilo que é inútil e imprestável em nosso caminho. Hoje é o tempo de fazermos morrer em nós tudo o que é somente aparência e, pela fé, removermos todas as montanhas que nos impedem de vivermos a vida abundante e frutífera conquistada por Cristo.
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