segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

RECOLHA-SE

Encontramos o Senhor mais facilmente quando descemos, e não quando subimos". No auge da aceleração das suas atividades, solicitado a fazer cada vez mais coisas e recebendo mais reconhecimento por seu trabalho, Jesus não deixava que o ritmo de sua vida fosse dado pelos acontecimentos ao seu redor, mesmo que agradáveis. Nesses momentos, para espanto até dos mais próximos, ele se recolhia a um lugar quieto e solitário. De repente, como tinha desaparecido, pisava de novo no palco das realizações. O Filho de Deus, que mandava o vento se acalmar, alternava movimento e descanso, palavra e silêncio, paixão e meditação. Por isto nunca lhe faltou vigor para as suas intensas atividades. Por isto, nunca perdeu o sentido pelo qual fazia as coisas. O exemplo é muito claro e sempre oportuno. Em tudo o que fazemos, por mais importante que seja o momento que vivemos, precisamos incluir a dimensão da pausa. Sem que periodicamente paremos por um pouco, ficamos exaustos e a exaustão pode levar ao desespero e à depressão. Sem que, mesmo no auge, apertemos a tecla "pausa", como um tempo para refletir, podemos fazer o que não devemos: podemos ser destruídos por um ritmo de trabalho insano, como se fossemos insubstituíveis; podemos seguir a multidão, quando devíamos ir na contramão; podemos, por exemplo, linchar pessoas, com palavras e gestos, embora sejamos pacifistas; podemos ser injustos em nossos julgamentos, levados pela opinião dos outros. Quando nos recolhemos, deixamos de falar para escutar e precisamos ouvir. Quando nos recolhemos, repousamos e precisamos descansar. Quando nos recolhemos, encontramos tempo para pensar em quem somos, para revisar nosso papel na história e para reafirmar onde queremos chegar.

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