quinta-feira, 7 de julho de 2022

SEMANA

 Essa semana eu revisitei o sermão da montanha ou sermão da planície como alguns preferem, o texto é realmente incrível, Gandhi tinha razão ao dizer que se todos os grandes textos do mundo se perdessem porém o sermão da montanha fosse preservado, nada estaria perdido. 


Riqueza e a profundidade dessa mensagem é realmente "potente" como dizem os militantes de Laranjeiras e Copacabana rs. 


Jesus se encontra em meio ao povo, entre discípulos, discípulas, pescadores, biscateiros, prostitutas e todo tipo de pessoa de má fama, afinal o contexto social é a empobrecida e oprimida Galiléia. 


Ele os chama de "bem aventurados" 


Nota-se quando ele diz na redação de Matheus, que felizes são os pobres de espírito, ele está discursando para aqueles que a religião e política excluiu, aqueles que a religião tinha como "impuros" e sem conhecimento da lei oficial. 


Porém a nossa teologia principalmente a clássica busca sempre por interpretações que descaracterizam o seu real sentido transformando o pobre de espírito que se reconhece frágil e humilde, uma forma de incluir a todos (ricos) 


Mas o contexto socioeconômico-politico não deixa dúvidas que o pobre de espírito são os pobres que a religião da aristocracia rejeitou. 


Mas Jesus vê e se vê em cada excluído, pois são os que DEUS elegeu para se revelar e fazer morada. 


Felizes são os pobres, não por serem pobres, mas porque serão fartos, deles é o reino.


O sermão da montanha é a mensagem que venceremos o império, que novos mundos são possíveis, que a utopia do reino de Deus é realizável na concretude da existência, aqui e agora. 


Nós venceremos! Não hoje, não amanhã, mas em breve. 


O sermão do monte nos convida a continuar na luta por sua realização plena, em Jesus, em nós, e no mundo. 


O sermão do monte é um lembrete que o ano aceitável do Senhor, se iniciou no pobre de Nazaré, para todo sempre até a eternidade.

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