O narcisismo não faz bem a ninguém, mas no caso do cristão existe uma incompatibilidade conceitual. Os cristãos são aqueles que reconhecem Deus como criador e mantenedor da vida, que se submetem a ele e se sabem dependentes como filhos. São aqueles que estão conscientes da incapacidade de resolver o seu problema básico e da necessidade de um Salvador e Redentor, sem o qual não poderiam aproximar-se de Deus.
Conhecemos de cor a velha mensagem de que é preciso destronar o eu e colocar Cristo no centro. Mas, dentro de nós, o eu ainda grita. E é instigado pela cultura que nos rodeia. Reproduzimos, assim, uma forma narcisista de viver na vida pessoal e na igreja. A busca por sucesso e bem-estar, a multiplicação de literatura e programas de autoajuda, o aconselhamento que, acriticamente, repete discursos de autoestima e a leitura autorreferente da Bíblia são sinais externos daquilo que se passa no íntim
O narcisismo é a versão moderna do velho pecado do orgulho, e a humildade é o único caminho para vencê-l
Por isso, reconhecemos nossa dependência da graça, inclusive para ter progresso na luta contra o orgulho. É alentador lembrar que, quanto menos apegados ao nosso orgulho, mais livres seremo
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