Há vários perigos a respeito do pecado. Um dos maiores é não o acusarmos e, com a mente confusa ou cauterizada, o tratarmos como parte da vida normal. Assim, nos acostumamos com ele, mesmo com plena consciência de que ofende o Pai.
Em várias situações, a mente humana caída tende a desenvolver mecanismos ilusórios que colaboram com a perpetuação do pecado em nossas vidas. Tais mecanismos podem ser identificados através da racionalização, da fuga e da hipocrisia. Pensaremos hoje sobre o primeiro.
A racionalização é facilmente perceptível em uma conversa. Quando o pecado é percebido ou apontado, a primeira resposta é argumentativa e explicativa. O pecador não assume o erro e fraqueza, mas fala com fervor as supostas razões que tinha para errar, além de apontar com veemência o erro e fraqueza dos outros ao seu redor.
A racionalização é uma tendência pecaminosa e a vemos presente desde o padrão comportamental infantil. Quando uma criança, confrontada com seu erro, responde com a afirmação “ele me bateu primeiro”, está configurada a presença de um padrão mental de racionalização.
O problema central da racionalização é que ela nos distancia da verdade e do arrependimento. Ajuda-nos, tão somente, a pensarmos sobre as razões que supostamente justificam o nosso erro. Ela não nos confronta e jamais nos ajuda a termos corações transformados. Por isto, aqueles que sempre racionalizam seus problemas e erros tendem a repeti-los muitas e muitas vezes.
Talvez a forma mais eficaz de combatermos a racionalização em nossas vidas seja cultivando a humildade. Corações humildes tendem a ser mais realistas e verdadeiros.
Portanto, ore ao Senhor e peça que Ele sonde o seu coração neste dia. Fuja da racionalização e assuma a sua responsabilidade, rogando ao Pai arrependimento, perdão e transformação.
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51:10).
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