Cristãos e líderes devem assumir a responsabilidade perante as suas atitudes, a fim de se manterem íntegros. E esta é uma das lições mais difíceis de serem aprendidas.
Permita-me endereçar aqueles que têm grande dificuldade de pedir perdão de maneira verbal e clara, ou de voltar atrás em decisões tomadas, mesmo quando francamente equivocadas. Esta postura provém de um coração soberbo. Uma soberba que lhe faz pensar (de uma forma ou de outra) sobre a sua superioridade. Talvez nutrida pelo conhecimento, posição de liderança, função de destaque, ganhos e merecimentos, este enganoso pensamento aflora.
Perceba, porém, que este é o caminho de morte. Seu coração, ao negar procurar o outro e falar: “errei, perdoa-me”, se lança em uma rota de colisão com o temor do Senhor e o entendimento de que somos todos igualmente dependentes da graça de Cristo para viver.
Há também aqueles que, para reconhecerem um erro e assumirem a responsabilidade, o fazem sob protesto e acusações. Refiro-me aos que, perante seu próprio pecado, racionalizam que o outro também pecou, que não foi leal ou submisso. Estas razões não passam de sombras nas quais tentam esconder seus corações da humildade necessária para o quebrantamento.
Nenhum de nós está isento da possibilidade do erro. Uma das admiráveis atitudes de Davi foi assumir integralmente a sua responsabilidade quando Natan, após falar sobre um que roubara a única ovelhinha do vizinho, afirmou: “este homem és tu” (2Sm 12:7).
Davi não deu desculpas. Não racionalizou dizendo: outros fizeram pior do que eu. Nem mesmo tentou explicar suas motivações. Caiu de joelhos e colocou-se nas mãos de Deus. O coração de Davi dizia: “sou responsável”, e ele se tornou o homem segundo o coração de Deus.
Que o Senhor nos ajude a administrar o orgulho, a vergonha e a humilhação, a fim de assumirmos a responsabilidade pelo pecado e erro, e seguirmos em frente no perdão transformador do Senhor.
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