segunda-feira, 24 de março de 2025

VIDA

 

 

A vida é a nossa maior ocupação. Normalmente estamos voltados para as coisas materiais, que também são importantes, mas elas não resolvem os problemas existenciais. Em todos os dias e momentos temos que fazer escolhas. Como é determinante ser lúcido na hora de optar por um dos caminhos. Quase sempre demoramos demais para decidir. Quanta procrastinação, ao invés de tomar a devida decisão. É evidente que não devemos nos apressar, mas também não demorar uma vida inteira para decidir. Seguramos portas abertas por tempo demais. Mantemos relações que já não nos fazem bem, insistimos em caminhos que não nos levam aonde queremos chegar, revivemos histórias que já deveriam ter sido concluídas. Mas há um momento em que precisamos aceitar que algumas coisas simplesmente não são mais para nós. E entender isso não é desistência, é libertação. Fechar uma porta não significa negar o que foi vivido, mas reconhecer que aquele espaço já não nos serve. Muitas vezes, o medo de perder nos faz permanecer, ainda que o lugar onde estamos não nos faça mais felizes. Mas permanecer no conhecido por receio do novo é perder a oportunidade de encontrar caminhos muito maiores. É preciso ter discernimento para perceber quando insistir e quando soltar. Algumas portas fecham por conta própria, outras pedem que tomemos a decisão de encerrá-las. A vida flui melhor quando não insistimos em segurar aquilo que já cumpriu seu propósito. E confiar que, ao deixar ir o que já não faz sentido, abrimos espaço para que novas oportunidades cheguem. Nem sempre é fácil dizer adeus ao que um dia nos fez bem, mas a vida nos convida a seguir. O que ficou para trás teve seu tempo, mas o que está por vir pode ser ainda maior. Que possamos fechar as portas certas, não por orgulho, mas por amor a nós mesmos. Porque seguir em frente é um ato de coragem e sabedoria. 

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