sábado, 29 de março de 2025

ENSINO

 


Amar é um dos nossos maiores privilégios e um dos nossos maiores desafios. 


Ao escrever a primeira carta aos Coríntios o apóstolo Paulo reserva os capítulos 12 e 14 para expor sobre os dons espirituais, pois era um assunto de interesse e necessidade. Entre esses dois capítulos, Paulo insere um dos textos mais significativos da nossa fé, o capítulo 13, onde nos apresenta a centralidade do amor na vivência cristã. 


Esse capítulo nos mostra a possibilidade de sermos uma Igreja com aparência, forma e discurso espiritual, mas, de fato, carnal. Uma igreja com a presença dos dons, mas sem o essencial da fé.


Sempre me sinto confrontado ao ler os primeiros versos deste capítulo 13. Eles afirmam que podemos ter dons espirituais, tamanha fé ou práticas de misericórdia, porém, sem amor, nada será aproveitado. Nem sermões bem preparados ou liturgias cúlticas. Nem ações missionárias ou projetos sociais. Nem boas intenções ou práticas conciliadoras. Nada! 


O amor, aqui exposto, não é apenas superior aos dons, mas um marcador de nossa identidade cristã. Isto significa que nossa vida em Cristo não pode ser definida apenas pelos dogmas que entendemos e aceitamos, nem mesmo pelas experiências de espiritualidade que vivenciamos. Sem amor, será vazia de significado.


Este amor, como veremos, não é puramente conceitual, mas prático. Não é definido pela declaração amor, mas por atos de amor. E em atos de amor não há espaço para competições, comparações, fofocas e difamações. Não há espaço para usar um momento de fragilidade na vida de um irmão para que ele seja exposto. Ao contrário, faz como Jesus, que quando decidiu confrontar Pedro preparou um cenário na praia, com peixe assado e uma boa conversa, para admoestá-lo no privado. Assim também devemos fazer na família, na igreja e nas amizades cristãs..  


O amor é nossa base de testes. É a arena onde seremos aprovados ou reprovados. Peçamos amor ao Pai, que é amor! Que nosso sincero desejo seja sermos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo. Ou, nas palavras do próprio Jesus: "Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (Jo 13:35). 


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