A fé não é um sentimento cego nem um ato de confiança afetiva em Deus, mas sim uma atitude da inteligência, que, movida pela vontade livre, diz sim a Deus que se revela.
Não se pode crer em qualquer crença, “apenas para se ter uma vida espiritual ou uma religião”. Não se pode crer em algo vago, indefinido, sentimental; só se pode crer em algo que a inteligência examinou e aprovou.
Não se pode, portanto, cultivar qualquer anti-intelectualismo diante da fé. A fé é o ato mais nobre do homem, pois aplica a faculdade mais digna do ser humano (a inteligência) ao objeto mais elevado e perfeito, que é Deus.
A fé é um ato da inteligência, mas é também uma atitude da inteligência movida pela vontade. As proposições da fé não podem ser vistas e provadas como as da ciência, mas, pela análise da inteligência, essas proposições podem ser tidas como aceitáveis. Assim, depois de examinadas as propostas da fé, a inteligência pode consentir em crer e passar para a nossa vontade a decisão final: crer ou não crer.
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