quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

PODE SER

Quando chega o Natal, alguns se enternecem. Ficam mais solidários, mais sorridentes, mais amigos. Prestam mais atenção aos outros. Ficam mais queridos. Dão presentes a amigos e mesmo a desconhecidos. É como se um vento novo soprasse de longe vindo E nos põe de mãos dadas, como numa roda de criança Decretando que só pensar em nós é desejo findo. É como se sobre as nossas vidas mandasse a esperança. O Natal, mesmo que passageiro, é um tempo lindo, Quando chega o Natal, alguns se entristecem. Diferentemente dos pastores de Belém, têm medo Diferentemente do sentimento dos anjos, não têm paz. Dentro do seu coração, a alegria cantada não se faz. A tristeza se torna a melodia da sua alma desde cedo. Receber presentes não faz brilhar de novo seus rostos. Os desejos por plenitude lhes deixam mais exaustos, Ansiosos por ver logo o ano completamente terminar, Para não se sentir tão cobrado por nada desfrutar. O Natal é a época em que os bons gestos florescem. Nele uns celebram com canções o nascimento de Jesus, Mas outros de sua história extraordinária nada conhecem. Uns o desfrutam e aos outros o melhor que têm oferecem. Levantando suas mãos nas trevas para trazer luz, Outros conjugam apenas o verbo "receber" e fazem passar os dias, que especiais não parecem. Uns fazem destes dias um tempo para meditar Em como fazer a vida, a sua e a dos outros, melhorar. O Natal é para todos, porque para todos Jesus acontece, Para os que encontram motivos para vibrar E para os que têm muitas razões para chorar. Por isto, precisamos contar esta feliz história. Jesus nasceu para mandar o medo embora. Jesus nasceu para que nossa alegria fosse completa, Sem precisar que a nossa mesa esteja repleta E que nossa galeria de amigos seja imensa. O Natal é para que nossa jornada seja serena e intensa. Todos precisamos ouvir estes sons que aquecem, Tocados há milênios mas pode ser que recomecem Na vida de cada um, tantas eras já decorridas. O Natal não é registro do passado, mas viva oportunidade. O Natal pode ser o ano zero de nossas vidas, Como se de novo nosso próprio corpo estivesse Envolto num berço tosco mas totalmente amado. No Natal Jesus definitivamente nos aceitou: Ninguém precisa mais viver como culpado. O Natal é fato, narrativa e música que permanecem Como um convite à nossa própria transformação. Natal é historia que começa na manjedoura no chão. E segue até alcançar o alto onde a cruz vigora Para nos tornarmos -- eis o presente! -- de Jesus irmãos. O que fazemos diante desta oferta desconcertante Determina como viveremos hoje e doravante, Recusando ou aceitando a oferta da reconciliação. Se ainda não chegou, o Natal pode começar agora. Se queremos que o Natal seja um evento que prevalece, E não apenas uma linda história sempre recordada, Enquanto as luzes piscam e a festa é celebrada, Precisamos fazer uma oração bem pessoal, Como uma resposta a esta oferta universal: "Senhor Deus, que enviaste Jesus desde o céu Eu quero a comunhão a que o Natal convida. Eu te entrego o meu coração para que seja teu, Para que Cristo seja o Senhor da minha vida".

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GRANDE

  O salmo do pavão Nada me abalará! Desgraça alguma me atingirá, nem a mim nem aos meus descendentes . (Sl 10.6) O salmo do pavão reza assim...