sexta-feira, 3 de março de 2017

DIFERENTE

“O propósito da vida não é ser feliz. É ser útil, ser honrado, ser compassivo, para então fazer que a nossa vida, bem vivida, faça a diferença". Governos são derrubados e seus mentores são trocados, mas as práticas continuam as mesmas. As coisas são feitas dentro da lei, outorgada pelas elites, para benefício próprio, mantida uma lógica típica de bandidos. Será que não pode ser diferente? Códigos são escritos e reescritos para que os direitos sejam respeitados, mas os direitos continuam sendo negados, porque todos querem garantir os seus sem abrir mão de nenhum deles para os outros. Do bolo, a maior parte fica para poucos e uma pequena é destinada para muitos. Será que não pode ser diferente? Os idealistas pregam suas mensagens, conseguem adeptos e começam a mudar as coisas. Logo são seduzidos pelo poder, pela fama e pelo dinheiro e se tornam ávidos realistas, loucos para ficar mais poderosos, mais famosos e mais ricos. Será que não pode ser diferente? Os convertidos mergulham na linda fé que abraçaram, com a pureza da busca sincera. À medida que o tempo vai passando, a fé vai se tornando uma lembrança e não mais uma força para o dia a dia, com pouca paixão e pouco compromisso. Será que não pode ser diferente? Os apaixonados prometem amor até que a morte os separe, mas, vindos os conflitos do convívio, chegadas as seduções, acabam sucumbindo e esmorecendo, como se as águas apagassem a labareda que antes incandescia. Será que não pode ser diferente? Pode. Não temos que aceitar que a política seja corrupta, que as leis sejam injustas, que os idealistas percam seus valores, que os convertidos esfriem na fé, que os casais desistam de amar. As coisas podem ser diferentes e começarão por nós mesmos, agora.

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