domingo, 12 de março de 2017
SEGUE-ME
Guardaste o bom vinho até agora (João 2.10) ... E ainda recolheram doze
cestos cheios de pedaços de pão e de peixe (Marcos 6.43) ... Abrindo-lhe a
boca, acharás uma moeda de prata (Mateus 17.27) ... Já não podiam
puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes (João 21.6).
Jesus dedicou muito de seu ministério ao ensino sobre finanças e
dinheiro. Quatro episódios especialmente chamam a atenção, pois
apresentam a mesma cadência: a transformação de água em vinho
(João 2.1-10), a alimentação da multidão (Marcos 6.34-44), a pescaria
maravilhosa (João 21.1-14) e o pagamento de tributos do templo
(Mateus 17.24-27). Vejamos o que há em comum nessas lindas histórias
de Jesus.
Começa assim:
identifique a necessidade
. Maria comentou com Jesus
que o vinho do casamento tinha acabado. A multidão estava faminta,
quando os discípulos trouxeram a situação ao Mestre. Os pescadores
estavam cansados da noite de trabalho e reconheceram ao Senhor que
nada tinham pescado. Pedro buscou Jesus quando, sem recursos, foi
cobrado dos impostos. Reconheceram necessidades e não vaidades.
Em seguida, Jesus indica:
veja o que você tem em mãos
. Quer seja
água, pães e peixes, barco e rede, ou simplesmente a habilidade de
pescar, Jesus mostrou que seu trabalho inicia com nossas possibili-
dades, capacidades, recursos. Curioso, não? Ao invés de fazer um
passe mágico, ele nos envolve em sua ação a partir do que está
disponível. A provisão é precedida pela capacidade de ver o que já
temos. Olharam para o que tinham e não para o que faltava.
Na sequência,
descubra orientações específicas de Jesus
. Em Caná
da Galileia, ordenou que enchessem de água as talhas. No campo,
disse aos discípulos que organizassem a multidão sentada em grupos.
Junto ao mar de Tiberíades, orientou que lançassem a rede à direita do
barco. Em Cafarnaum, mandou Pedro lançar o anzol no mar. O ponto
principal aqui está em desenvolver intimidade e discernir a voz do
Mestre. Não há fórmula ou receita. Há relacionamento. Ouviram o que
Jesus orientava e não seus medos e temores.
Orientações simples, diretas, que pareciam até sem sentido, mas que
precediam o próximo e definitivo passo:
mova-se em obediência
. Os
serventes não perguntaram: “Mas para que serve água?” Nem os
discípulos questionaram: “Mas, por que organizar o povo se não há
pão?” Os pescadores não duvidaram: “Mas, Jesus, do lado direito de
novo?” Muito menos Pedro ficou desconfiado: “Moeda dentro do peixe?”
Obedeceram à risca sem ficar questionando.
Por fim,
assista o milagre acontecer
. A água virou vinho, a multidão foi
alimentada, as redes se encheram de peixes, e o primeiro peixe
pescado tinha a moeda de prata na boca. O milagre foi muito além: o
vinho novo era melhor, sobraram doze cestos cheios, pescaram 153
grandes peixes, além do próprio Jesus cozinhando sobre as brasas.
Maravilhoso, não? Faltou algum? Ora, pagar o que se deve de tributo já
é uma grande coisa, não é verdade?
Pois bem, outras tantas histórias de Jesus refletem a mesma cadência
para nos ensinar, na essência, que toda a nossa provisão vem do
Senhor. Somente ele supre nossas necessidades, dá generosamente,
dá mais propósito e relevância ao que fazemos e reflete ao mundo sua
glória e poder. Vamos seguir suas pegadas.
Rodolfo Montosa
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Londrina, 12 de março de 2017. Ano 45 / Nº 11
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