ZAQUEU

Jesus é capaz de interromper um cortejo, parar debaixo de uma árvore e descobrir que ali estava um homem carente e dizer: "Zaqueu (demonstrando Sua onisciência, chama o homem pelo nome: Zaqueu), desce depressa porque hoje vou me hospedar em sua casa" (Lc 19:5). E a história desse homem muda. Durante o jantar levanta-se e diz: "'Senhor, eu resolvi dar aos pobres a metade dos meus bens, e se nalguma coisa defraudei alguém, restituirei quatro vezes mais.' Jesus disse-lhe: 'Hoje houve salvação nesta casa'" (Lc 19:9). É interessante que, na circunstância que envolve este texto, Jesus está caminhando para Jerusalém em direção à cruz. Conversa com os discípulos, com os quais conviveu três anos e faz algumas afirmações pesadas dizendo que, quem quisesse segui-lO, precisaria tomar a sua própria cruz e seguir com Ele. Houve espanto geral, pois os discípulos pensavam que seguiam um homem poderoso – não era essa a impressão que os milagres passava? Imaginavam os discípulos que Jesus proveria recursos de libertação e os tiraria das mãos do governo romano, e eles seriam, pelo menos, ministros do novo governo. Mas, agora, Jesus está oferecendo cruz, morte, renúncia total e diz: "O que importa ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua própria alma, ou o que daria o homem em troca de sua alma?" (Lc 9:25). Zaqueu foi mais rápido do que os discípulos. Ouviu rápido, desceu depressa da árvore, correu para a sua casa, preparou de imediato uma recepção para Jesus, fez as suas contas sobre todos os seus bens, dispôs-se a reparar as suas faltas... e logo carregou a sua cruz seguindo a Jesus. Quando Jesus fala, somos rápidos em obedecer? Ou custamos a descer de onde estamos? Caminhamos vagarosamente para "preparar nossa casa" para Jesus? Somos demorados em restituir, em perdoar? Fazemos conta com Deus ou somos generosos e "resolvemos dar..."? Que aprendamos a rapidez de Zaqueu!