quarta-feira, 24 de outubro de 2018
EM QUE MUNDO CRIAREMOS NOSSOS FILHOS?
Escutei esta pergunta pela primeira vez há 15 anos. Eu a disse pela primeira vez
há oito anos quando, já casado, conversava com minha esposa sobre termos filhos. Hoje,
com 11 anos de casado e dois filhos na aljava, escuto o eco da dúvida na selvageria do
mundo em que vivemos.
Um mundo que torce a verdade pela mentira; redefine princípios e valores em prol
da mera conveniência pessoal; nega Deus e ridiculariza os que nele creem; exalta o ter
em detrimento do ser; perverte a pureza sexual por uma pretensa liberdade de escolha;
crê no acaso e diz não haver sentido na vida e na história e, por isso, cada um deve
buscar seu próprio rumo; diz plantar liberdade, mas não colhe muito além de escravidão.
Enfim, este é o mundo no qual já vivemos. Um mundo desesperançoso frente seu próprio
relativismo e incapacidade para ajudar o ser humano a achar um rumo na vida.
Diante disso, a questão acima deveria ser: como educar nossos filhos a fim de
sobreviverem a este mundo? Sobreviver. Esta é a palavra que pais, pastores e líderes de
mocidades usam para se referirem ao jovem cristão que entrou na universidade e saiu de
lá “ainda cristão”. Um jovem que sobreviveu às pressões e tentações, ofertas fáceis do
pecado e tudo quanto o separa de Deus. Talvez não tenha saído ileso (como na maioria
dos casos), mas saiu vivo.
O que fazer? Gostaria que a resposta fosse fácil de dar e praticar, mas não é.
Entendo que precisamos ajudá-los: (1) a adquirirem um conhecimento pessoal de Deus a
fim de terem sua própria fé, não apenas a “fé de seus pais”; (2) a se fundamentarem no
conhecimento absoluto e prático da Palavra de Deus; (3) a entenderem seu papel no
mundo bem como o sentido de suas vidas; (4) a terem situações reais de convívio com
outros cristãos comprometidos com Cristo em suas vidas profissionais, afetivas,
familiares, financeiras e eclesiásticas, para que vejam que é possível ser cristão e bemsucedido.
Sucesso não conforme o mundo o define, mas nossos filhos precisam ver que
podem ter uma vida bem-vivida, serem profissionalmente realizados, terem estabilidade
emocional e serem moralmente santos, sem abandonarem os princípios e valores
bíblicos. Não um pelo outro ou em detrimento do outro, mas um por causa do outro. O
todo da vida por causa do compromisso com Deus, e este compromisso norteando o todo
da vida no mundo. Tudo isso pela ótica bíblica. Uma ótica que nos diz que antes de
alguém ser advogado, engenheiro, pastor ou professor, ele é cristão. Cristão médico,
cristã professora.
Em que mundo, então, criaremos nossos filhos? Naquele, inclusive, em que hoje
estivermos espelhando a transformação conforme o caráter de Cristo e os princípios
eternos da Palavra de Deus.
Hélder Cardin*
Coordenador da graduação do Seminário Bíblico Palavra da Vida.
Mestre em Teologia Pastoral pelo Centro de Pós-graduação Andrew Jumper
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