O modo de vida de Jesus revela que a busca e a prática da santidade não está limitada ao templo.
Cada lugar ― fosse a casa de um pecador ou o monte da transfiguração.
Cada encontro ― fosse junto a um poço ou pescando em mar aberto.
Cada pessoa ― fosse uma prostituta ou um pai sofrendo com o filho enfermo. Fosse uma enorme multidão ou apenas uma mulher sofrida.
Todos e tudo, comer, dormir ou andar sobre o mar, tornava-se sobrenatural, santificado por sua presença; Jesus transformava situações corriqueiras em experiências sobrenaturais.
Trazia o sagrado para a mesa de jantar. Ele era Deus-homem andando entre nós. Era Deus presente em meio à beleza e feiúra da vida.
Para Jesus, o sobrenatural no natural se manifesta. O transcendental se faz presente em gestos simples: Acariciar crianças, conversa amigável, compartilhar do pão, atenção à quem sofria, não em pomposas orações.
Ao contrário de Jesus, temos a tendência de dividir o mundo em o santo (aquilo que está muito mais ligado à religião do que aos relacionamentos) e o profano (o cotidiano, não religioso, todas as coisas que não se relacionam com Deus).
Literalmente, profano, significa “do lado de fora” ou “em frente à igreja”. A maioria pensa que qualquer coisa que está do lado de fora da igreja e não se relaciona com Deus, é profana.
Foi assim que Jesus ensinou? Não creio. É possível encontrar o sagrado fora de uma experiência de êxtase em um “Monte Sinai” moderno. Deus se manifesta nas relações do dia-a-dia. Devemos ser santos em TODA nossa maneira de viver, não só em práticas religiosas
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