A questão da essência e aparência foi abordada de maniras distintas por diferentes escolas filosóficas. O racionalismo, por exemplo, busca o conhecimento confiável através da razão, por acreditar que os sentidos oferecem percepções enganosas, ou seja, ao entrar em contato comas aparências não se garante necessariamente o conhecimento das essências. Um dos filósofos representantes dessa corrente foi Platão, que distinguia o mundo das aparências, o mundo apreendido pelos sentidos, do mundo das ideias, um mundo perfeito no qual se encontram as essências das coisas.
O empirismo defende que todo tipo de conhecimento confiável vem do mundo externo, e o alcançamos através dos aparatos com que entramos em contato com esse mundo, isto é, os nossos sentidos. Portanto, a experiência tem protagonismo na aquisição de conhecimento verdadeiro, mas como garantir que nossos sentidos são confiáveis se eles não conseguem perceber o movimento de rotação da Terra?
Na perspectiva de Immanuel Kant é apresentada uma alternativa tanto ao racionalismo quanto ao empirismo, dando ênfase na convergência dos dois. Quando se olha as coisas, não se entende elas em si, mas o que nossa estética transcendental consegue captar das coisas. Segundo ele seria através da relação entre os dois que se chegaria ao conhecimento confiável. No entanto, apesar de tentar superar a dicotomia entre racionalismo e empirismo, e em maior grau essência e aparência, a distinção entre os dois foi fundamental para proporcionar o surgimento de corrente filosóficas de interpretações de mundos divergentes.
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