Estar preso numa prisão romana, como estava Paulo, era constrangedor, vergonhoso e amedrontador. Por isto, Paulo diz a Timóteo para não se envergonhar e não temer.
Não é incomum os amigos sumirem quando alguém se encontra em situação constrangedora ou perigosa. E também não é incomum os amigos cercarem aqueles que estão em situações privilegiadas, sendo aplaudidos e valorizados. Paulo fala sobre isto a Timóteo.
Primeiramente ele diz que "todos da Ásia me abandonaram" (v.15), mostrando decepção ao ser deixado só em momento de tanta provação. A palavra para abandono (apostrepho) significa virar as costas. Esse é um sentimento difícil, especialmente perante o dia mau.
Logo depois, Paulo destaca que Onesíforo "nunca se envergonhou de minhas algemas" (v.16), ao contrário, "tendo ele chegado a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar" (v.17). Essa lealdade era antiga, pois já havia assistido Paulo antes, em Éfeso (v18). Sobre ele e sua casa, Paulo roga as misericórdias do Senhor (v.18).
Observe que Paulo diz que Onesíforo lhe "deu ânimo" (v.15). A palavra usada para 'ânimo' (anapsucho) tem o sentido de tornar mais leve aquilo que é pesado ou difícil, e também recuperar o fôlego em meio a uma corrida. Certamente a presença, interesse e ajuda de Onesíforo foram para Paulo um precioso bálsamo.
Não abandone os seus irmãos! Não abandone os seus amigos! Procure-os quando passarem pelo dia mau, quando estiverem caídos, perdidos, isolados. Socorra-os no amor de Jesus e participe com eles dos seus sofrimentos. Invista naqueles que precisam de uma palavra, um ombro amigo e uma mão ajudadora. Seja um doador de ânimo na vida de alguém nestes dias
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