Muitas áreas da vida cristã têm sido atacadas, e a humildade e a mansidão estão entre as principais.
Lemos na Palavra que devemos andar de forma digna, segundo a nossa vocação em Cristo, “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4:2).
Tenho a impressão que humildade e mansidão têm se tornado raridade, em dias recheados de soberba, vanglória, altivez, competitividade, ira e agitação.
Humildade (do grego tapeinophrosune) não significa apenas agir de forma humilde, mas ter um coração humilde. Trata-se de uma consciência profunda de que nada bom é encontrado em nossa natureza caída, exceto aquilo que foi redimido pela graça e bondade de Cristo. Portanto, se entendemos que precisamos de Deus em tudo, e para todas as coisas, não há motivo para nos vangloriarmos, e muito menos pensar que somos maiores ou melhores que os outros.
Se a humildade é um estado do coração, a mansidão floresce no trato com os que estão ao redor. Mansidão (do grego praotes) é gentileza, bondade, cuidado com o outro. A mansidão resulta da graça de Deus que enche o coração do cristão com uma real percepção de quem ele é em Cristo Jesus. E, assim, procura amar como Jesus, perdoar como Jesus, e ser gentil como Jesus.
A humildade e a mansidão caminham de mãos dadas. O coração humilde olha para si com eterna gratidão pela graça de Deus, sem a qual seria pó. E a atitude mansa estende ao outro um pouco de toda a bondade que tem recebido do Senhor.
Meu irmão, minha irmã, rejeite a soberba! Você não é melhor ou maior do que aquele que está ao seu lado. Rejeite a vanglória! Tudo o que você recebeu não foi mérito próprio, mas bondade de Deus. Rejeite a ira! O Senhor tem sido manso e paciente contigo; portanto estenda ao outro o que tem recebido do Alto. Rejeite a agitação! Fale menos, ouça mais, reflita mais, seja mais gentil, e acalme a sua alma.
Jesus, que é verdadeira e absolutamente humilde e manso de coração, nos convida à humildade e mansidão. Amém!
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