terça-feira, 13 de maio de 2025



Deus nos chama à obediência, à semelhança de Abrão, que “quando chamado, obedeceu” (Hb 11:8). Esse texto, na carta aos Hebreus, refere-se à linda passagem de Gênesis 12, quando o Senhor chamou Abrão para sair da sua terra e parentela, indo para uma terra que o Senhor lhe mostraria. Logo depois, vemos a resposta do servo do Senhor: “Partiu, pois, Abrão” (Gn 12:4).


Ele não argumentou com Deus, não impôs condições, nem mesmo pediu ao Senhor explicações. A direção dada por Deus era a mais vaga possível (“para uma terra que te mostrarei”), mas havia uma clara promessa das bênçãos do Senhor. O certo é que, após ter ouvido o Senhor, “partiu, pois, Abrão”.


A fé que nos é aqui apresentada não é utilitária, mas obediente. Não se fundamenta nos desejos pessoais, mas na vontade de Deus. Não é uma fé manipulada pelo homem, mas um instrumento para que o homem seja usado pelo Senhor.


Dessa forma, Hebreus 11 nos fala que, pela fé, coisas boas e tremendas aconteceram: ruíram as muralhas de Jericó, subjugaram reinos, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, e mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Essa fé nos ensina que o impossível pode, a qualquer momento, acontecer, se o Senhor assim desejar.


Há, porém, o outro lado das ações fundamentadas na fé, pois Hebreus 11 também nos diz que estes que creram (possuidores de fé) foram torturados, passaram pela prova de açoites, foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada, andaram peregrinos e errantes sobre a terra. Portanto, muitos que creram não foram livres do sofrimento e da provação.


É a fé que nos prepara para continuar crendo, mesmo no vale da sombra da morte. Uma fé que louva a Deus quando o melhor acontece, e continua louvando a Deus quando chega o sofrimento, pois confia no Senhor. 



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