terça-feira, 2 de junho de 2015

VIOLENCIA NÃO ACABA COM VIOLENCIA

“Quem abre uma cova e a torna mais profunda, acabará caindo na cova que fez. Sua maldade recairá sobre sua cabeça e sua violência atingirá o seu próprio crânio.”(Salmo 7.15,16). Com o fim de defender-se da violência, cidadãos aparentemente pacíficos compram armas de fogo no mercado clandestino explorado por traficantes e contrabandistas, mulheres bem educadas frequentam academias de tiro, para aprender a matar, e outros criam cães que são verdadeiras feras assassinas, que matam seus vizinhos e seus próprios familiares. E ainda outros mandam seus filhos para escolas de artes marciais, e esses jovens, na falta dos “supostos” inimigos dos quais deveriam defender-se, acabam por extravasar sua agressividade contra qualquer um, que por qualquer razão, não os agrade. O Estado, por sua vez, coloca mais policiais nas ruas, às vezes usa até as Forças Armadas, e amplia as prisões para receber cada mais e mais criminosos. Por seu Poder Legislativo cria leis mais rígidas para punir os criminosos, e por seu Poder Judiciário acelera e aprimora os julgamentos. A imprensa especializada, mormente os apresentadores de programas de TV, ecoa os clamores da população por mais segurança nas ruas. Esta última, através das redes sociais, povoa a Internet com palavras de ordem duríssimas, pedindo a pena de morte para crimes hediondos, e até mesmo a castração para os pedófilos. Mas será que resolveremos o problema da violência respondendo com mais violência? A resposta do salmista a esta questão é não: quando respondemos com violência ela tende a voltar-se contra nós próprios. Nos Estados Unidos, país em que 32 estados adotam a pena de morte, quase 90 por cento dos mais destacados pesquisadores nesse assunto concluiu que tal punição não reduziu a criminalidade. Pesquisa recente concluiu que em 54 países que reduziram a maioridade penal também não foi reduzida a criminalidade. Em ambos os casos, o custo dessas medidas tem sido muito alto, sem nenhum resultado positivo. Jesus afirmou: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” (Mt.5.10), e Paulo ensinou: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” (Rm.12.21). Portanto, a solução para a violência está na direção oposta da violência. Os verdadeiros filhos de Deus não amam a violência nem precisam dela para defender-se.

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