O PREÇO DO RESGATE

“Nenhum deles, de modo algum, pode remir seu irmão, nem por ele oferecer um resgate a Deus, pois a redenção de sua vida é caríssima, tanto que seus recursos não são suficientes.” (Salmo 49.7,8). Apesar de a palavra resgate muitas vezes se referir, no Antigo Testamento, ao pagamento do preço de um escravo, parece que a ideia aqui é como se uma pessoa que fosse sequestrada, e fosse impossível aos seus parentes pagarem o resgate pedido pelo sequestrador. A questão levantada pelo salmista é: Quem poderia pagar a Deus o preço do resgate da alma humana? Jesus fez uma pergunta semelhante: “Que daria o homem em troca da sua vida?” (Mc.8.37). O apóstolo Pedro diz: “Não foi com coisas perecíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados da vossa maneira fútil de viver, recebida por tradição de vossos pais. Mas fostes resgatados pelo precioso sangue, como de um Cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo.” (1Pd.1.18,19). E o valor desse resgate é tão grande que é suficiente para comprar “homens de toda tribo, povo língua e nação” (Ap.5.9). No v.15 deste salmo há uma declaração avançada no tempo: “Mas Deus resgatará minha vida do poder da morte, pois ele me receberá.” Derek Kidner, faz uma observação preciosa a respeito desse versículo: “Deus, ao invés de exigir um resgate, como no versículo 7, o paga pessoalmente.” Diz ele, também, que o verbo “receberá” é o mesmo usado em Gn.5.24, quando é dito que Deus “tomou” Enoque para si. É o que diz Paulo, em outras palavras: “(O) Senhor Jesus Cristo (....) se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar deste mundo mau”, e “Já estou crucificado com Cristo. Portanto, não sou mais eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim. E essa vida que agora vivo no corpo, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl.1.4;2.19,20). “Vocês não pertencem a vocês a mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço.” (1Co.19b,20a).