"Que nunca deixemos de nos emocionar pelos bons exemplos que nos rodeiam . São tantos. A maior parte acontecem na sombra dos dias e no silêncio dos olhares e nos sorrisos que rasgam lentamente.Precisamos muito - e de muitos- bons exemplos.Precisamos de continuar a ser crentes na humanidade e a plantar sementes positivas,capazes de propagar solidariedade, atenção ao próximo, empatia e compaixão nos pequenos gestos do dia- a- dia e nas grandes ações ..."
segunda-feira, 6 de julho de 2015
FUNEBRE
“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete; pois a morte é o fim de todos os homens; que os vivos reflitam nisso no seu coração. O coração dos sábios está na casa onde há luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” (Eclesiastes 7.2,4).
Moro no Rio de Janeiro, uma cidade em que em que predomina a cultura da diversão. O povo vive nas praias, nos desfiles e ensaios carnavalescos, nos estádios, nos shows, nos bares e botequins. Carioca não gosta de tristeza e não convite bem com ela. Mas no Rio há muitos cemitérios, e lá essa cultura não prevalece. Não dá para se divertir num velório, onde se fala de morte e não de vida. Onde se fala do destino além deste mundo, de prestação de contas, do que se fez ou do que se deixou de fazer. À beira de uma sepultura, o clima é sério.
Numa espécie de filosofia fúnebre, o sábio autor de Eclesiastes recolhe lições importantes sobre a necessidade de se levar a vida a sério, pois ela não é uma festa permanente. O que ele quer dizer é que num ambiente de festa o pensamento é leve e a preocupação é zero. Se a festa é boa, a gente deseja que nunca acabe. Num velório o pensamento se volta para assuntos pesados, o juízo nos leva a avaliar o que temos sido e o que temos feito. Paradoxalmente, o efeito disso é muito mais positivo para a nossa vida do que uma festa.
Costumamos valorizar muito mais a alegria do que a tristeza, mas a verdade é a que a tristeza nos torna mais sábios que a alegria, ou, como diz o Eclesiastes, um velório nos torna sábios, uma festa nos torna tolos. Na presença de um defunto somos levados a refletir sobre a vida e a morte, sobre como temos vivido e sobre como nos temos preparado para morrer, sobre o que temos feito e sobre o que falta fazer, sobre o passado, o presente e o futuro. Ali nos lembramos de Deus e da eternidade.
Um velório pode nos fortalecer a fé ou nos levar desejar tê-la. Um velório pode confirmar nossa esperança ou despertá-la. Além disso, um velório é sempre ocasião de nos lembrar que Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisso?” (Jo.11.25,26).
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