O AMOR CHEGA COM A PRIMAVERA

“Aparecem as flores na terra; chegou o tempo de cantar.” (Cântico dos Cânticos 2.12). Há gente, que com grande senso de pudor, se assusta ao deparar-se com um com o Cântico dos Cânticos na Bíblia. Parece, a alguns, um poema erótico. No passado houve mesmo quem defendesse sua exclusão da Bíblia por falar abertamente do amor sexual humano. Na verdade esse livro “é a celebração da natureza da humanidade – macho e fêmea, criados à imagem de Deus, para que haja apoio e gozo mútuos. Nada existe, aqui, do macho agressivo, nem da fêmea relutante, ou vitimada. Ambos se tornam um, em seus anseios, porque estes lhes foram dados por Deus.” (G. Lloyd Carr, Cantares de Salomão, Ed. Vida Nova, SP, 1989. p.215). A primavera da vida é o tempo do amor e da alegria cantada em prosa e verso. Portanto, é o tempo dos cânticos de amor, como o Cântico dos Cânticos, também chamado de Cantares de Salomão. As pessoas mais pudicas também se enamoraram, também se casaram, também fizeram sexo com seus cônjuges, pois para isso Deus os criou homem e mulher. Os que criaram seus filhos e os casaram, viram aflorar aos poucos a sexualidade deles e se encantaram ao observar seu enamorar, seus desejos e sonhos, seu encontro com a alma gêmea. E finalmente tiveram prazer em abençoar seu casamento. Tudo perfeitamente natural, como Deus fez. “Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça.” (2.Tm.3.16), e é por isso que o Cântico dos Cânticos faz parte dela. Trata-se da história da criação do homem e da mulher em forma de cântico que fala do companheirismo, da dedicação mútua e exclusiva, da complementação de um com o outro, da união física e espiritual. É isso que é serem os dois uma só carne, para isso foram feitos. A criação de seres sexuados foi propósito de Deus, e não acidente ou acaso. O Cântico de Salomão fala disso com extrema beleza, e também com santidade.