terça-feira, 11 de agosto de 2015
DISCERNIMENTO
O substantivo discernimento quer dizer “olhar para dentro do espírito das coisas”. É a capacidade de perceber os motivos. Saber ler as intenções do coração que podem se expressar em atitudes e atos verbais e não-verbais. Essa palavra tem a sua origem em Jesus Cristo, sabedoria de Deus (1 Co 1.30). Uma das manifestações de sabedoria na vida do cristão autêntico é o discernimento. É importante ressaltar que discernimento não combina com julgamento ou juízo temerário.
Viver com discernimento é viver de forma comedida, observadora e com poucas palavras, pois o homem deve ser sempre pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar (Tg 1.19). A falta de discernimento nos faz malabaristas da palavra. Isto significa falar sem pensar e sem pesar as conseqüências. A prudência é também uma vertente da sabedoria. Então, discernimento e prudência são duas jóias do cristianismo genuíno. Quando estamos verdadeiramente em Cristo Jesus, nós a possuímos.
Todos os dias devemos pedir a Deus discernimento para os nossos casamentos, a educação dos nossos filhos, os relacionamentos intra-eclesiásticos e extra-eclesiásticos. Quantas vezes pecamos nos campos do pensamento e do sentimento em função da falta de sabedoria e, como conseqüência, falta de discernimento.
O Mestre tinha discernimento. Ele era de poucas palavras. Um observador muito atento. Ele apreciava ver as pessoas e ouvi-las com atenção. Era comedido nas palavras. Suas ações eram resultado de dependência do Pai. Ele ensinou que o coração do homem religioso é a sede do engano (Mt 15.19,20). O Senhor nos ensinou a viver uma vida pautada no amor, no perdão, no contentamento, na simplicidade e na dependência do Pai.
Que dia a dia peçamos a Deus, nosso Pai, uma vida semelhante a de Cristo. Que busquemos ser ‘crísticos’ e não críticos mal intencionados. Devemos viver a vida de Cristo em nós e não a vida de Adão. Aspiremos uma vida interior rica em discernimento e prudência. O Senhor Jesus deve ser sempre o nosso exemplo de sabedoria e, como resultado, de discernimento e prudência. Felizes são aqueles que vivem o conteúdo do evangelho. Sejamos cristãos comprometidos com o mesmo pensamento e o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.
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