domingo, 2 de agosto de 2015
OS NOSSOS PLANOS NÃO SÃO OS PLANOS DE DEUS
“Pois eu bem seis que planos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; planos de paz e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança. Então me invocareis e vireis orar a mim, e eu vos ouvirei. Vós me buscareis e me encontrareis quando me buscardes de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vós, diz o Senhor, e mudarei o vosso destino.” (Jeremias 29.11-14).
Em 597 A.C., Nabucodonosor deportou para a Babilônia mais de três mil habitantes de Jerusalém, entre eles o rei Jeoaquim e muitos artesãos. Estes deportados foram concentrados em determinados locais próximos à capital, onde surgiram pseudoprofetas – Acabe e Zedequias – que estavam enganando os exilados com falsas profecias, dizendo que dentro de dois anos o Senhor destruiria a Babilônia e os levaria de volta à sua terra. Jeremias resolveu então escrever aos exilados uma mensagem, que lhes mandou por meio de dois portadores, Elasa e Gemarias, enviados pelo rei Zedequias em missão especial junto a Nabucodonosor.
Na mensagem em forma de carta, Jeremias recomendou aos exilados que se tranquilizassem, vivessem a vida normal, construindo casas, casando os filhos, tratando de ganhar a vida, e até mesmo orando pela cidade em que estavam exilados, buscando a sua paz, pois o cativeiro ainda iria durar por longos anos, chegando a setenta anos. Evidentemente essa palavra foi mal recebida pelos exilados e Semaías, outro falso profeta, escreveu uma carta ao sacerdote Sofonias, de Jerusalém, exigindo a prisão e condenação de Jeremias, o que não aconteceu.
Mas a parte mais importante da mensagem de Jeremias é o trecho acima transcrito, em que Deus fala de seus propósitos a respeito dos judeus, que se cumpririam no tempo próprio, isto é, no tempo em que o coração do povo fosse dobrado pela humilhação e sofrimento do cativeiro babilônico. Que se estenderia também aos que ainda ficaram em Jerusalém, pois Nabucodonosor a cercaria novamente e os traria para a Babilônia. Somente quando estivessem prontos para abandonar todas as tentativas humanas e falíveis de serem felizes e bem sucedidos, quando estivessem dispostos a buscar o Senhor com sinceridade e integridade, é que o Senhor se deixaria encontrar por eles, e cumpriria seu plano.
Nem sempre nossos planos são os de Deus. Os planos que fazemos por nós mesmos geralmente são imediatistas, limitados e frágeis. Mas se tornamos nossos os planos de Deus, seremos bem sucedidos, pela simples razão de que ele vê o que não vemos, sabe o que não sabemos, pode o que não podemos. “Deus faz com que todas as coisas concorram para o bem daqueles que o amam, dos que são chamados segundo o seu plano.” (Rm.8.28).
(Obs.: a palavra grega prothesis, geralmente traduzida por propósito, também ser traduzida por plano.)
Pr. Sylvio Macri
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