domingo, 6 de setembro de 2015

A ORAÇÃO QUE NOS LEVA A PECAR

"Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho.” – Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!” E Jesus terminou, dizendo: – Digo-vos: este homem, e não o outro, voltou para casa justificado. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”. (Lc 18,9-13)" A oração nem sempre sinaliza um encontro com Deus. Por vezes, esforçamo-nos em conhecer e negligenciamos ao praticar a verdadeira lei evangélica. Somos como o fariseu no templo ao agradecer não ser como o cobrador de impostos, quase nunca reconhecendo nossas misérias, limitações e defeitos. Para alguns de nós, seria melhor abandonar a vida de oração que nos leva a pecar e mergulhar no total esvaziamento que nos permite encontrar o outro, semelhante e pecador, e somente assim, em comunidade, encontrar a Deus. Este trecho do evangelho de São Lucas nos deixa uma lição: até os pecadores são dignos de imitação. Que a fé não nos seja vaidade. Amém.

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