FORÇA

“Depois disso o anjo mandou que eu entregasse a Zorobabel a seguinte mensagem de Deus, o Senhor: - Não será por meio de um poderoso exército nem pela sua própria força que você fará o que tem que fazer, mas pelo poder do meu Espírito. Sou eu, o Senhor Todo-Poderoso, quem está falando.” (Zacarias 4.6). Por ser da família real, Zorobabel foi nomeado por Dario governador dos judeus da Palestina e líder da reconstrução do templo de Jerusalém, juntamente com Josué, sumo sacerdote. Ocorre que, em virtude da oposição dos adversários, a reconstrução foi paralisada por dezesseis anos, até que os profetas Ageu e Zacarias foram enviados pelo Senhor para exortar o povo e seus líderes a retomar a obra. Por meio de Esdras 6.6-12 ficamos sabendo que o soberano persa disponibilizou todos os recursos para a reconstrução, até mesmo a força militar. Porém, o Senhor assegurou a Zorobabel que, assim como ele tinha iniciado, ele próprio terminaria a construção (v.8), mas não seria pela sua própria força, nem mesmo por um exército que tivesse à sua disposição (v.6). O templo era do Senhor, e seria reconstruído pelo seu poder do seu Espírito. Onde fica o poder do Espírito nestes tempos em que as igrejas adotaram um perfil empresarial? Em que se utilizam técnicas como planejamento estratégico, conceitos de marketing e psicologia de massas? Em que se constrói mega templos dotados de equipamentos de som e imagem de última geração, onde os cultos são verdadeiros shows? Em que são contratados pastores e líderes e como autênticos profissionais, para formarem equipes multidisciplinares? Por outro lado, se vamos trabalhar sob a direção do Espírito e tudo fazer por meio dele, isso não deve servir de desculpa para o improviso, a desorganização, o desleixo e a preguiça. Se Deus abençoa até a nossa bagunça, quanto mais abençoará o trabalho correto, planejado e inteligente. Paulo diz que “onde o Espírito do Senhor está presente, aí existe liberdade” (2Co.3.17), mas isso não é licença para desordem, descontrole e ineficiência.