quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A INDIFERENÇA

“Naquele dia eu vou pegar lamparinas e revistar a cidade de Jerusalém. Castigarei todos os que estão tranquilos e satisfeitos, os que pensam assim: ‘O Senhor Deus não vai fazer nada; não vai salvar, nem castigar.’” (Sofonias 1.12 - NTLH). O profeta Sofonias era descendente do rei Ezequias e nasceu durante o reinado de Manassés. Este nome, que significa “Deus esconde”, foi-lhe dado, muito provavelmente, porque foi um bebê escondido da sanha assassina de Manassés (2Rs.21.16), o qual sacrificou até seu próprio filho em um altar pagão (Rs.21.6). Sofonias profetizou no início do reinado de Josias, quando imperava toda a sorte de pecados na sociedade judaica. Ezequias, bisavô de Josias, foi um rei piedoso que tentou erradicar a idolatria de Judá, mas após sua morte, seu filho, Manassés, reimplantou toda a impiedade e idolatria que tinha sido tirada pelo pai. É bem verdade que Manassés se arrependeu de seus pecados e tentou consertar a situação, mas seu filho e sucessor, Amom, voltou aos mesmos delitos, multiplicando-os. Após reinar por dois anos, Amom foi morto por conspiradores. Foi nesse quadro que Josias, filho de Amom, subiu ao trono, com apenas oito anos de idade, e que também Sofonias proclamou sua mensagem. Aliás, foi a pregação de Sofonias que inspirou a reforma religiosa promovida por Josias a partir do oitavo ano do seu reinado. Nessa época, Yaweh, o Deus de Israel, era tratado com profunda indiferença pelo povo de Jerusalém, como o diz o versículo acima transcrito. Mas o profeta adverte: “O grande dia do Senhor está perto e vem chegando depressa! Será um dia terrível, em que até os soldados mais valentes gritarão de medo. Será um dia de ira, um dia de aflição e angústia, de ruína e destruição, de escuridão e trevas.” (Sf.1.14,15 – NTLH). E se ouvirão por toda a Jerusalém gritos de dor, de desespero e de pedidos de socorro (v.10). E então, não haverá como o povo ficar indiferente ao Senhor. Hoje vemos a imensa maioria das pessoas tratar o Senhor com a mesma indiferença. Para elas, Deus é um personagem distante que nada tem a ver com sua vida cotidiana. Ele não faz nada, nem mal, nem bem. Gerações inteiras estão sendo formadas sem nenhuma noção de Deus. Mas a Palavra de Deus nos adverte que haverá um dia em que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Mas para muitos esse dia virá tarde demais.

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