terça-feira, 17 de novembro de 2015
OS NÍVEIS DA GRATIDÃO
O pensador italiano Tomás de Aquino (1125-1274) propôs que agradecer tem três níveis, do mais superficial ao mais profundo. O primeiro é reconhecer aquilo que recebemos. O segundo é louvar a quem nos deu algo. O terceiro é retribuir a quem nos fez o favor.
Reconhecer é o verbo de quem percebe que a outra pessoa lhe deu algo. É o gesto do jogador que comemora o gol em direção ao companheiro que lhe deu o passe ou ao técnico que o escalou. É o movimento do maestro que pede aplausos para os instrumentistas. Parece fácil, mas não é. Quando reconhecemos, percebemos que não fazemos as coisas sozinhos. Quando reconhecemos, admitimos que o outro existe. Quando reconhecemos, indicamos que somos pessoas sensíveis, que nos deixamos tocar pelas outras.
Louvar é o verbo de quem dá graças ao outro por aquilo que fez. É o gesto do pai que se alegra pelo seu filho, elogiando-o. É a voz que se levanta para exaltar a Deus. Trata-se de verbo ainda mais difícil. Quando louvamos, olhamos para o outro acima de nós, tão acima que pôde fazer o que nos fez. Quando louvamos, admitimos que o outro está à nossa frente na caminhada, que ele sabe mais do que nós, que o ato que realizou escancara a sua exemplar generosidade.
Retribuir é fazer algo pelo outro em função do favor prestado. Neste nível nos encontramos quando nos consideramos devedores ao outro, corajosamente assumindo o quanto fomos beneficiados. Retribuir nos liga a quem nos ajudou, vincula-nos ao nosso benfeitor. É o gesto do autor que dedica sua obra a quem o inspirou. É o olhar do filho que, na formatura, entrega o diploma à sua mãe. Então, dizemos "obrigado" ou "muito obrigado", demonstrando que nos sentimos obrigados a retribuir o gesto do outro, tão grande foi o bem que nos fez.
Em que nível devemos agradecer? Nos três: reconhecendo, louvando e retribuindo.
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