quarta-feira, 18 de novembro de 2015
ZONA DE CONFORTO
O que é a zona de conforto?
A zona de conforto nada mais é do que pensamentos, ações e comportamentos que adotamos por costume, de acordo com nossas crenças, princípios e valores.
Como é considerada uma barreira que impede o enfrentamento de novos desafios, a pessoa que vive em sua zona de conforto faz apenas aquilo que lhe é conhecido, fácil, cômodo e sem gasto de energia. É aquela sensação de estar "parado no tempo" em qualquer das nossas oito áreas.
Tudo isso é responsável por deixar as pessoas que assim vivem letárgicas, inertes, reativas e confortáveis. Em suma, são estas pessoas que sofrem da famosa "síndrome de Gabriela". Quem escolhe viver na sua zona de conforto tem algumas características, tais como:
- é um Ser limitado, que não cresce e nem se desenvolve como um Ser Humano Integral:
- aceita as coisas como elas são e estão, e não faz nada para mudá-las; ou seja, sua vida parece ser pacífica e inabalável:
- é extremamente acomodado à sua rotina, vivendo um pseudo equilíbrio físico mental entre si e o ambiente;
- seu desempenho é constante e satisfatório, porém limitado;
- pode se sentir seguro, embora esta sensação de segurança seja falsa, pois se algo inesperado lhe acontecer, ele "perde o chão";
- o seu viver é movido à inércia, isto é, sem movimentos bruscos ou inesperados.
É como se aquela voz interior estivesse sempre "martelando" dentro de sua cabeça afirmações como "você não é capaz", "não faça porque você vai se dar mal", "é muita areia para o seu caminhão", e outras com o mesmo significado.
Sandra Betti afirma que as principais causas que fazem as pessoas permanecerem em suas respectivas zonas de conforto são:
1) Preguiça : Quando o indivíduo sente cansaço, falta de energia, apatia, desinteresse, depressão, ansiedade, culpa, desmotivação ou tudo ao mesmo tempo;
2) Soberba: Quando ele não sente necessidade de aprender nada onde aprimorar-se, por achar-se pronto, "brilhante" e perfeito (sídrome do copo cheio");
3) Medo: Quando tem receio de enfrentar os próprios medos: medo do desconhecido, dos riscos, das incertezas, do que pode acontecer, de perder o controle ou do que os outros possam pensar;
4) Miopia: Quando não se tem claro os impactos e as consequências da algumas atitudes e comportamentos em nossas Vidas, no médio e longo prazos.
E ela também descreve as consequências de se permanecer neste estado:
1) Desperdício do próprio talento: Processo de autossabotagem... Apesar da pessoa ter muito potencial, não consegue otimizá-lo nem transformá-lo em performance (como uma mina de diamantes lacrada, inexplorada e improdutiva);
2) Impactos negativos na carreira, na imagem e na empregabilidade: Ao invés da pessoa ter uma carreira ascendente e bem sucedida, fica estagnada ou até involui profissionalmente.
3) Prejuízos à saúde: Pode acarretar prejuízos à saúde (sedentarismo, obesidade ou dependência química), ao intelecto (perda de memória, do raciocínio e da agilidade mental), à psique (imaturidade, dependência, insegurança e áreas cegas) e à dimensão espiritual (falta de altruísmo, de senso de proósito e da capacidade de ajudar as pessoas).
4) Prejuízo ao autoconhecimento: Pode fazer com que se invista pouco no autoconhecimento, que está ligado a aprender, a mudar nossos comportamentos, a evoluir e a buscar o sucesso.
Zona do "sem forto" = mudanças constantes
Para viver fora da zona de conforto precisamos nos autoconhecer e termos a consciência que mudanças ocorrem constantemente em nossas vidas, como afirmei no início deste texto.
E mais, a responsabilidade por este processo é toda nossa. Cada um de nós tem o poder de escolher entre permanece na sua zona de conforto ou alçar voo próprio e se tornar o dono da sua própria vida e da sua própria felicidade.
Eu sei que existirão situações que farão você, algumas vezes, retornar à sua zona de conforto, principalmente quando decisões para ações a serem tomadas requererem mais tempo para uma análise mais profunda.
Posso falar por mim mesmo. Tenho plena consciência que, ao decidir mudar, buscar um novo caminho profissional e administrar mais meu tempo, minhas emoções e equilibrar melhor minhas oito áreas, notei que:
- tenho muito mais satisfação em ser o protagonista da minha própria Vida, vivendo mais plenamente o presente, o aqui e agora;
- minha Qualidade de Vida Integral tem se traduzido em melhorias das minhas oito áreas;
- aprendi com os erros do passado, e este aprendizado se tornaram lições, duras até, mas que me mostraram que não existem limites para a mente humana;
- certamente, com todo este processo interior e por vontade própria, desenvolvi novas habilidades, as quais me fizeram crescer e me desenvolver como indivíduo;
- meu trabalho, tanto como dentista, como palestrante e consultor, tornou-se muito mais prazeroso, o que me faz seguir adiante e de forma muito mais feliz.
Mas como sair da zona de conforto?
Se você realmente quiser, você pode seguir algumas orientações:
1 - Busque sempre o autoconhecimento e perceba que você é muito maior do que pensa ser.
2 - Assuma que você não é perfeito e que não nasceu pronto. Enfrente suas fraquezas, seus medos, suas limitações, suas emoções negativas e transforme-as em seus opostos. Isto servirá de uma força motriz muito grande para começar a mudar e a entrar na zona do "sem forto".
3 - Por menor que seja a mudança, aos poucos, ela se transformará em uma grande mudança.
4 - Tenha o hábito de comemorar os resultados alcançados, sejam eles grandes ou pequenos.
5 - Busque ajuda se esta se fizer necessária.
6 - Como sair da zona de conforto pode ser algo difícil no início, de um passo de cada vez. Caminhe aos poucos. Assim você não se autopressionará e nem ficará estressado por querer atingir os resultados de uma hora para outra.
7 - Quando você atingir aquilo que você se propôs, é natural que haja um acomodamento. Yes! Consegui! Mas, cuidado. Não se iluda, porque isto pode se transformar novamente em outra zona de conforto.
Eugenio Mussak, em seu texto Líderes e transformações, afirma que os "promotores de mudanças" são: Inconformismo - significa não estar conforme, não concordar com uma situação estabelecida, Os inconformados são os que mais incomodam os outros, mas também são eles que provocam as melhores mudanças. Coragem - sem esse atributo, ninguém promove mudanças. As pessoas, por princípio, resistem a elas, que ameaçam a situação atual, que - mesmo que não seja a ideal, é a conhecida. Persistência - sem persistir, não adianta nem ser corajoso, pois as mudanças dificilmente são estabelecidas rapidamente. Demandam tempo. É necessário o tempo do entendimento, da assimilação, da aceitação e da ação. Criatividade - sair do ponto A é uma coisa, chegar ao ponto B é outra coisa. O A eu já sei qual é, o B precisa ser criado. Sem o poder criativo ninguém vai prestar atenção ao seu inconformismo. Relevância - a ideia nova tem que ser relevante, ou seja, tem de ser necessária, boa útil, ética, senão não tem coragem nem persistência que deem jeito. Ninguém quer sair de uma situação e ir para outra pior.
E ele conclui que "a mudança pode ser difícil, lenta, traumática, incompreendida, e até, equivocada."
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