EM CRISTO NÃO HA ESTRANGEIROS OU IMIGRANTES

“Assim, não sois mais estrangeiros, nem imigrantes, pelo contrário, sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus.” (Efésios 2.19). As últimas ocorrências na geopolítica mundial produziram o número nunca visto de mais de sessenta milhões de refugiados, pessoas que “perderam” sua pátria e agora não têm nenhuma. Estrangeiros não são bem vindos na maioria dos países. Imigrantes, apesar de acolhidos, se tornam massa de manobra de políticos (contra ou a favor) e fonte de mão de obra barata. Seus descendentes ganham cidadania, mas são tratados como cidadãos de segunda classe. No mundo a linha divisória entre estrangeiros e cidadãos naturais está cada vez mais demarcada pelo preconceito, nacionalismo, supremacismo e exclusivismo, que levam à intolerância e ao ódio. Mas no Reino de Deus não há nada disso. Em Cristo não há estrangeiros nem imigrantes, como diz o versículo acima, pois ele derrubou a parede de separação, desfez a inimizade em seu corpo e pela cruz reconciliou todos, criando um só povo (Ef.2.11-19). O que nos nivela a todos é a graça, pela qual somos salvos por meio da fé em Jesus. Nenhum ser humano tem qualquer mérito, não há “cidadão natural” no Reino de Deus. A cidadania desse reino é um dom oferecido de graça a todo e qualquer ser humano, seja qual for sua raça, gênero ou condição social. “Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo.” (Gl.326,28). Entretanto milhares de cristãos não entendem nem aceitam isso, e trazem para dentro do Reino as práticas do mundo, envergonhando o Salvador. Segmentos inteiros da população cristã têm deixado de lado a graça de Deus para exercer seus preconceitos. E, pior ainda, justificam suas posições distorcendo a Palavra de Deus. Tais pessoas ouvirão de Jesus uma palavra dura: “Malditos, afastai-vos de mim, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; pois (....) era estrangeiro, e não me acolhestes.” (Mt.25.41,43).