No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás (Gn 3.19).
A frase em epígrafe, em latim, significa: Tu és pó e ao pó tornarás (Gn 3.19). Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó, pois foi ele quem nos fez. Só Deus é o que é, pois só Deus é autoexistente. Só Deus pode dizer: Eu sou o que sou. Porque o homem foi feito do pó e ao pó voltará, ele é pó. Isso porque o homem não é o que é, mas o que foi e o que há de ser. Entender o pó que fomos é fácil: Deus formou o homem do pó da terra. Entender o pó que seremos também é fácil. Lemos as inscrições nos túmulos: “Aqui jaz”. Mas como entender o pó que somos, o pó que anda, chora e ri? A resposta é: Se o homem veio do pó e ao pó voltará, então o homem é pó, porque o homem não é o que é, mas o que foi e o que há de ser. O que levanta o pó é o vento. Quando o vento sopra, o pó se levanta na rua, em casa, no hospital. Deus fez o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente. Quando o vento cessa, o pó cai na rua, em casa, no hospital. O homem tem uma caminhada transitória neste mundo. Nossa vida aqui é como a neblina que logo se dissipa. Não podemos confiar no braço da carne. Não podemos colocar nosso refúgio naquele que é pó. Maldito é o homem que confia no homem. Não confie na sua força ou sabedoria; confie em Deus. 

Nenhum comentário:
Postar um comentário