NÃO SE ENCANTE COM A BABILÔNIA
Daniel é conhecido como aquele que foi lançado na cova dos leões e sobreviveu. Mas, bem antes dessa provação, ele e seus amigos foram colocados em um ambiente possivelmente ainda mais perigoso. Não era uma cova, e não havia leões, mas havia riquezas e brilho que poderiam corrompê-los.
Após tomar Jerusalém, Nabucodonosor, rei da Babilônia, ordenou que Aspenaz, chefe dos eunucos, “[...] trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres” (Dn 1:3). E deveriam ser todos “[...] jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei [...]”, havendo um claro objetivo: “[...] lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus” (Dn 1:4).
A Babilônia não precisava de mais servos, pois encontrava-se no auge de seu domínio, imperando sobre diversos reinos. Ainda assim, o rei ordenou que jovens de Israel fossem trazidos para conviverem e servirem no palácio. Dentre outros, foram levados Daniel e seus três amigos: Hananias, Misael e Azarias.
O rei também determinou que eles fossem alimentados “[...] das finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia [...]” (Dn 1:5) pelo período de três anos. E a primeira atitude babilônica foi mudar os seus nomes, passando Daniel a ser chamado de Beltessazar e seus amigos de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Gostaria de destacar dois gravíssimos perigos quando o povo de Deus se encontra na Babilônia. O primeiro é perder a sua identidade. Ao aprenderem uma nova cultura e uma nova língua, conviverem no ambiente do palácio e terem seus nomes substituídos, seria preciso um esforço diário para se lembrarem quem eles eram e em que eles criam.
Portanto, cuidado! De forma semelhante, corremos diariamente o mesmo perigo. Uma das mais nocivas estratégias do inimigo é quebrar a nossa identidade em Cristo Jesus. Portanto, lembre-se diariamente de quem você é e em quem você crê.
O segundo perigo é encantar-se com a Babilônia. Eles foram levados para viver no palácio com sua suntuosidade, imoralidade e poder. Teriam acesso a todas as iguarias e bebidas da mesa real, bem como a todo o conhecimento disponível no maior império da terra.
Não é difícil se encantar com os ambientes em que tudo brilha e tudo parece ser festa. Cuidado! Abra os seus olhos e lembre-se de que você é peregrino em terra estranha. Diga não àquilo que não cabe na vida de um filho de Deus. Guarde em seu coração o temor ao Senhor, único e verdadeiro Deus, e não se encante com a Babilônia!
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