“Mas sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Porque se alguém ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante ao homem que olha em um espelho o seu rosto. Porque ele se olha, vai embora e logo esquece sua aparência. Mas aquele que observa atentamente segundo a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera nela, não sendo ouvinte esquecido, mas praticante da obra, este será bem-aventurado no que faz” – Tiago 1:22-25.
Tiago não especulou. Esta máxima “por seus frutos os conhecereis”, parece ter tomado posse de sua mente, sempre exigindo uma santidade prática. Não está satisfeito com os casulos do escutar, mas requer os frutos da obediência. Necessitamos mais de seu espírito prático nos dias de hoje, porque existem certos ministros que não se contentam com semear a velha semente – a mesmíssima semente que da mão dos Apóstolos, confessores, pais, reformadores e mártires produziu uma colheita para Deus – mas gastam seu tempo especulando acerca da semente da discórdia, cultivada debaixo de certas circunstâncias, que não pode produzir trigo; ou se, pelo menos, o bom trigo não melhoraria graças à mescla que se obteria se, tão somente, fosse agregada uma aspersão de sementes de discórdia. Precisamos que alguém tome essas diversas palavras, as ponha em um caldeirão, ferva-as e veja qual o produto essencial e prático que delas surge.
Talvez alguns de vocês tenham visto nos jornais, há pouco tempo, um artigo que ficou gravado em minha mente, um artigo que dizia respeito ao estado moral da Alemanha. O autor, um alemão, disse que o ceticismo dos que professam ser pregadores da Palavra e as dúvidas contínuas quanto à revelação que têm sido sugeridas pelos cientistas e, mais precisamente, pelos que dizem ser homens religiosos, têm produzido agora na nação alemã as mais terríveis consequências. O quadro que ele apresenta nos faz temer que nossos amigos germânicos estejam pisando num vulcão que pode entrar em erupção sob seus pés. A autoridade do governo tem sido exercida tão severamente que os homens começam a se cansar dela, e, enquanto isso, a autoridade de Deus está sendo considerada tão inaceitável que a base da sociedade está se debilitando.
Não obstante, eu não necessito basear meus comentários neste artigo, pois a Revolução Francesa no final do século passado permanece na história como uma advertência que perdura com respeito aos terríveis efeitos da filosofia, uma vez que tem semeado a suspeita quanto a toda religião e criou uma nação de infiéis. Eu peço a Deus que aqui não aconteça nada semelhante; mas a parte que está a favor do “pensamento moderno” parece decidida a repetir o experimento. A justa severidade de Deus é tão grandemente ignorada e o pecado é reduzido a um mal tão trivial, que se os homens fossem praticantes do que escutam e aplicassem o ensinamento recebido de certos púlpitos supostamente cristãos, o resultado seria a anarquia. O livre-pensamento sempre leva por esse caminho. Que Deus nos guarde dele.
Enquanto pregadores, muitas vezes, brincam com a pregação, o quanto semelhante é o comportamento de seus ouvintes. Ouvir é, com frequência, meramente um exercício crítico, e a pergunta depois de um sermão não é “como se adapta essa verdade ao seu caso?” mas “ o que você acha dele?”, como se isso tivesse algo em relação com a verdade. Quando você escuta uma música, acaso pergunta “o que você achou da trombeta?” Não, sua mente pensa na música, não no instrumento; não obstante, as pessoas consideram sempre o ministro antes da sua mensagem. Muitos comparam um pregador com outro, quando fariam melhor comparando eles mesmos com a lei divina. Desta maneira, ouvir o evangelho se degrada, sendo um simples passatempo, julgado apenas superior a um entretenimento teatral. Tais coisas não devem ser assim. Os pregadores devem pregar como para a eternidade e buscar frutos, e os ouvintes devem pôr em prática o que ouvem, pois de outra maneira a sagrada ordenança da pregação deixará de ser um canal de bênção e será mais um insulto a Deus e um ardil para as almas dos homens. Não vou falar de maneira muito longa, ainda que espere falar com muito denodo, de duas classes de ouvintes: a primeira, a classe que não é bem-aventurada, e a segunda, a classe que, conforme o texto, é bem-aventurada no que faz.
I Primeiro, A CLASSE QUE NÃO É BEM-AVENTURADA. Escutam, mas são descritos como ouvintes que não são bem-aventurados. Eles escutam: alguns escutam com bastante regularidade e outros muito raramente, só para passar o tempo; e escutam com muita atenção, porque apreciam uma boa conversa. Talvez estejam interessados na doutrina, já que contam com algum pequeno conhecimento do sistema cristão, e para eles é bom discutir alguns pontos desse sistema. Ademais, adoram poder dizer que escutaram a pregação de alguém que ficou famoso, mas não lhes ocorre pôr em prática o que escutam. Escutaram um sermão sobre o arrependimento, mas não se arrependeram. Escutaram o clamor do Evangelho dizendo: “Creia!”, mas não creram. Eles sabem que aquele que crê é purificado de seus antigos pecados, mas eles não têm experimentado nenhuma purificação, seguem sendo como eram. Agora, se estou me dirigindo a alguns deles, permitam-me lhes dizer: é claro que vocês não são bem-aventurados e não poderão ser. Ouvir falar de um banquete não os saciará; ouvir falar de um córrego não acabará com sua sede. A informação de que há ouro no Banco da Inglaterra não os enriquecerá, para isso precisam de dinheiro de verdade no seu bolso. Saber que há refúgio para a tormenta não salvará o barco da tempestade. A informação de que há uma cura para uma doença, não curará o doente. Não, temos que perseguir o que está à nossa disposição, devemos nos apropriar das bênçãos e fazer uso delas, se é que têm algum valor para nós. Oh, senhores! Sabem o que têm que fazer, mas não o têm feito! Estão um pouco inclinados a prestar atenção às coisas eternas, mas as têm deixado ir. E se gabam entre aqueles que não são bem-aventurados e que escutam em vão.
Continuando, esses ouvintes são descritos como aqueles que estão enganando-se a si mesmos. “Enganando-se a si mesmos” diz Tiago. Em que se enganavam? Pois bem, eles pensavam que por serem ouvintes são consideravelmente melhores; que isso é algo que tem que ser muito elogiado e que, seguramente, receberão uma bênção. Não teriam sido felizes se não tivessem escutado a palavra no domingo, e olham com desgosto os seus vizinhos que não respeitam o dia de guarda. Eles mesmos são gente muito superior porque vão regularmente à igreja ou à capela. Têm um assento reservado[1], um hinário e uma Bíblia: acaso isso não é muito? Se permanecerem distantes de um lugar de adoração durante um mês se sentirão muito incomodados; se não creem exatamente que ir a um local de adoração os salvará, isso tranquiliza suas consciências e se sentem mais à vontade. Eu gostaria de alimentá-los um mês com sua teoria. Eu faria ressoar os pratos em seus ouvidos para ver se isso os alimentaria. Não lhes daria nenhuma cama durante a noite. Por que faria isso? Pregar-lhes-ia sobre o benefício do sonho. Tampouco necessitaria dar-lhes um aposento para que se alojassem; leria para eles uma eloquente dissertação acerca da arquitetura doméstica e lhes mostraria o que deve ser uma casa. Se lhes desse música em vez de alimento, vocês logo se afastariam da minha porta e me chamariam de descortês; e, sem dúvida, vocês se enganam a vós mesmos com a ideia de que simplesmente ouvir acerca de Jesus e de sua grandiosa Salvação os têm feito homens melhores. Ou, talvez, o engano vá em outro sentido: fomentam a ideia de que as severas verdades que escutam não se aplicam a vocês. Pecadores? Sim, certamente, o pregador se dirige aos pecadores, e que bom que obtenham algo de bom dele; mas você mesmo não é um pecador, ao menos não é em nenhum sentido especial a ponto de ter que se ocupar dele.
Arrependimento? A maioria das pessoas deve se arrepender, mas você não vê nenhuma razão para que você mesmo deva se arrepender. Se voltar para Cristo para obter a salvação? “Excelente doutrina” – você diz – “Excelente doutrina!” Mas, por alguma razão, você mesmo não olha para Cristo para que lhe salve. Eis aqui o veredito da Escritura acerca da sua opinião: “enganando-se a si mesmos”. O Evangelho não o engana; diz: “te é necessário nascer de novo, tens que crer em Jesus Cristo ou estais perdido”. O pregador não engana vocês. Nunca disse nem meia palavra para apoiar a ideia de que vir a este lugar será de alguma utilidade para vocês, a menos que entreguem seus corações a Cristo. Não, tal pregador aprendeu a expressar-se em um inglês claro sobre tais assuntos. Vocês se enganam a si mesmos se, sendo ouvintes e não praticantes, obtêm consolo dos que escutam.
E logo em seguida, de acordo com o nosso texto, estas pessoas são ouvintes superficiais. Diz-se que são semelhantes a um homem que olha em um espelho o seu rosto. Bem, até um ouvinte casual entenderá frequentemente que a pregação do Evangelho é como olhar em um espelho e ver a si mesmo. Quando se mostrou um espelho pela primeira vez a uma tribo de negros, recentemente descoberta, o líder deles, ao se ver, ficou completamente estupefato. Olhou uma e outra vez e não achou uma explicação. Acontece o mesmo com a pregação da Palavra: o homem diz: “Vinde, essas são as minhas palavras: essa é a minha forma de sentir”. Frequentemente tenho me encontrado com ouvintes que exclamam: “que estranho, essa foi a expressão que usei quando estava vindo pra cá”. Sentem como aquela mulher da Antiguidade que disse: “Vinde, vejam um homem que me disse tudo o que eu fiz”. Essa pessoa lê a sua Bíblia e diz: “Vinde, vejam um livro que me diz tudo o que eu fiz. Não é este livro a Palavra de Deus?” Acontece que a Palavra de Deus discerne os pensamentos e as intenções do coração. Assim como têm visto pendurados no açougue os corpos mortos de animais partidos pela metade, assim, a palavra de Deus é “viva e eficaz… e penetra partindo desde a alma e o espírito, as articulações e a medula”. Ela abre o homem e o conduz a ver-se a si mesmo. Fica muito surpreso e não pode entender isso. Não tenho nenhuma dúvida de que muitos de vocês aqui presentes, que não são convertidos, têm sentido isso sob a influência de um sermão investigador. Quando estão lendo as Escrituras ficam perfeitamente desconcertados pela maneira em que se veem revelados a si mesmos; mas tem sido uma obra superficial. Se um homem se vê em um espelho, e logo guarda o espelho e segue o seu caminho, o utilizou pobremente, pois podia lhe servir para que ele tirasse as manchas, e para que, lavando-se, melhorasse a sua aparência. Olhar no espelho e notar uma mancha preta em seu rosto é um simples jogo de crianças se você não lavar essa mancha. Notar-se como Deus quer que você veja a si mesmo no espelho da Escritura é uma coisa, mas você deve ir logo a Cristo para ser lavado ou a ação de olhar-se em um espelho seria uma obra muito superficial. Que Deus lhes conceda que, se forem levados a sentir o poder revelador da Palavra de Deus, possam ir de imediato ao ponto chave e ficarem “lavados e serão limpos.”
O texto acusa estes indivíduos de serem ouvintes que não refletem: “Ele olha para si mesmo e se vai”. Escutam um sermão e saem. Nunca dão tempo à Palavra para que ela opere; tão logo concluem o serviço, voltam à sua vida normal, voltam à conversa vazia e à “conversa fiada”. As reuniões para resolver as inquietudes dos que buscam são, com frequência, extremamente úteis porque dão às pessoas uma pequena oportunidade de pensar sobre o que têm escutado; mas muito do que se ouve não vem acompanhado da reflexão, de maneira que é ineficaz. Obtemos mais da meditação que da audição. Devemos ruminar igual ao gado, se quisermos obter nutrição do alimento espiritual; mas poucos fazem isto. É uma grande misericórdia para nós, considerando a quantidade de coisas sem sentido que vemos no mundo, que tenhamos dois ouvidos de forma que deixemos entrar as palavras vazias por um ouvido e sair pelo outro; mas é uma grande lástima que usemos estes dois ouvidos dessa mesma maneira com respeito à Palavra de Deus. Dá-lhe abrigo, querido amigo. Não permitas que o Evangelho entre por um ouvido e saia pelo outro. “Como fazer para evitá-lo?” Pois bem, deixe que entre pelos dois ouvidos. Que tenha dois caminhos de entrada diretamente até a alma, e tapa teus ouvidos uma vez que a verdade tenha entrado completamente, e force-a a permanecer na câmara da sua alma. Quanta bênção receberiam os homens se levassem a palavra para casa com eles, se eles desarmassem o texto, o examinassem, considerassem e orassem pedindo uma aplicação pessoal dessa palavra. Então se tornariam espiritualmente sábios pela instrução do Espírito Santo. Mas, ai, são ouvintes irreflexivos. Olham-se no espelho e se vão.
Algo mais foi dito sobre eles, a ver, que são ouvintes muito esquecidos: esquecem que tipo de homens eram. Escutaram o discurso, mas ali termina tudo. Vocês conhecem a história da volta para casa do Sr. Donald, quando saiu um pouco antes do usual da igreja; sua esposa perguntou: “como Donald?! Já terminou o sermão?” Ele respondeu: “não, não: já foi pronunciado totalmente, mas ainda não foi posto em prática”. Mas, enquanto não se começou a ser posto em prática, acontece com frequência que o sermão foi concluído para muitos ouvintes. Escutaram, mas passou através deles como água por um filtro, e já não lembrarão de nada mais dele até o dia do juízo. Não há pecado em ter uma má memória, mas há um grande pecado quando se recusa a obedecer de imediato o Evangelho. Se amanhã pela manhã não puderem recordar o texto, ou nem sequer puderem recordar o tema, não vou culpá-los; mas a lembrança do espírito de todo o assunto, embeber-se da Verdade e absorvê-la em seu interior, isso é o principal, e pôr em prática é a essência mesma do assunto. Fez bem aquele viajante que, quando escutava o senhor William Dawson enquanto falava sobre a desonestidade, se pôs de pé em meio à congregação e quebrou certa fita métrica que usava para enganar os seus clientes. Fez bem aquela mulher que disse que esqueceu o que havia dito o pregador, mas lembrou de queimar o seu alqueire ao chegar em casa, pois tinha também uma medida menor. Não se preocupe em tratar de lembrar o sermão se você lembrar de pô-lo em prática de imediato. Você pode esquecer as palavras em que a verdade foi abrigada, se quiser, mas deixe que ela purifique sua vida. Isso me lembra a piedosa mulher que ganhava seu sustento com lavagem de lã. Quando seu ministro a visitou, e lhe perguntou acerca do sermão que havia pregado, ela lhe confessou que havia esquecido o texto, e ele a inquiriu: “Que bem pudeste obter com ele?” Então ela o conduziu à parte traseira de sua casa, onde praticava o seu ofício. Pôs a lã em uma peneira e logo a bombeou. “Veja ali, senhor” – ela disse – ‘seu sermão é como essa água. Ele flui através da minha mente, senhor, tal como a água corre através da peneira; mas, por outro lado, a água lava a lã, senhor, e assim a boa palavra lava minha alma”. Davi, no Salmo 103 fala daqueles que se lembram dos mandamentos do Senhor para pô-los em prática, e essa é a melhor memória. Procurem tê-la.
Descrevi assim certos ouvintes, e temo que tenhamos muitos assim em todas as congregações; ouvintes que admiram, ouvintes que são afetuosos; ouvintes apegados, mas que todo o tempo são ouvintes carentes da bem-aventurança porque não são praticantes da obra. Perguntamo-nos como é possível que não confessaram nunca serem seguidores de Cristo, mas suspeitamos que não fizeram esta confissão porque não seria verdadeira; e, sem dúvida, são muito bons, muito benevolentes, são úteis para a boa causa e suas vidas são muito retas e louváveis, mas nos aflige que não sejam cristãos resolutos. Uma coisa lhes falta: não possuem fé em Cristo. Surpreende-me verdadeiramente ver como alguns de vocês podem favorecer tanto tudo o que tem a ver com as coisas divinas, e não obstante, não têm nenhuma participação com o bom tesouro. Que vocês diriam de um cozinheiro que prepara comidas para outras pessoas, mas que morresse de inanição? Um cozinheiro insensato, diriam vocês. Um ouvinte insensato, eu digo. Vão ser como os amigos de Tiro de Salomão, que ajudaram a edificar o templo e, no entanto, continuaram adorando seus ídolos? Senhores, vocês irão contemplar e admirar a mesa da misericórdia, e, contudo, recusarão suas provisões? Dá-te um estremecimento de prazer ver tantas pessoas recolhidas dos caminhos e dos valados, que são obrigadas a entrar, e você ficará de fora e não participará da Festa? Sempre me compadeço dos pobres menininhos que, em uma fria noite de inverno, param em frente a uma embaçada vitrine de um restaurante e veem que outros estão comendo um banquete enquanto eles não têm absolutamente nada. Não posso entender vocês; tudo está pronto e vocês foram convidados e persuadidos a vir e, contudo, se contentam em perecer de fome. Eu lhes rogo que reflitam e peço ao Espírito de Deus que os faça praticantes da Palavra, não unicamente ouvintes, pois se enganam a si mesmos.
[Extraído de A Espada e a Espátula, Julho de 1876]
A NÃO-CONFORMIDADE na Inglaterra foi, a princípio, um protesto contra os erros da igreja estabelecida por lei, na atualidade é um protesto contra a criação de qualquer igreja pelo estado, seja qual for. Na área liberal de seu protesto ele é levado a usar outras armas além das empregadas no início, e dar maior destaque do que uma vez já fez por questões outrora consideradas como de pequena importância: nosso temor é que as armas mais baixas coloquem as mais nobres para fora da moda, e os objetivos secundários ofusquem as intenções primárias. Pensamos ser correto lutar seriamente contra a aliança profana entre a igreja e o estado, e usar o poder político com o que somos confiados para promover os princípios da igualdade religiosa. Que o melhor sucesso atenda aos esforços daqueles que dedicam as suas vidas a esse objeto em sua própria maneira. Desejamos que Deus lhes dê êxito, com todo o nosso coração. Ainda assim, o poder real da não-conformidade nunca será aumentado nos palanques; ele poderá ser exibido lá de tempos em tempos para fins nobres, mas ele não é conquistado nem promovido ali. Ministros fazem bem em votarem, e expressarem as suas opiniões para a orientação de seu povo, mas na proporção em que a pregação se torna política, e o pastor afunda o espiritual no temporal, a força é perdida e não adquirida. Os Romanistas obtêm o poder por várias manobras e dispositivos que não usaríamos nem se pudéssemos; seu reino é deste mundo, e eles não são lentos para usar todos os métodos dos filhos deste mundo para a obtenção de seus objetivos; os Dissidentes nunca serão poderosos desta forma. Esperamos que nunca haverá uma charanga Não-conformista na Câmara dos Comuns, pronta a aliar-se com qualquer uma das partes, a fim de obter revigorantes privilégios para o seu clã, nem os homens em ofício serão secretamente influenciados e induzidos a apadrinhar os Dissidentes pela esperança de acalmar sociedades secretas de não-conformistas rebeldes. A Igreja da Inglaterra também não tem escrúpulos para os seus próprios fins ao aliar-se com os partidários do comércio de bebidas, e escrever sobre as suas bandeiras “Cerveja e Bíblia”, a este ponto é de se esperar que os Dissidentes nunca virão; nem isso jamais será suportado pelo interesse territorial, a nobreza, e o grande exército de pessoas cujas posições são mais ou menos misturadas com a conservação das coisas como elas são. Nós estamos em grande medida excluídos do uso de instrumentos que os outros possuem em abundância, e é bom que seja assim, pelo menos nós pensamos que isso seja bom, e muitos outros concordam conosco nesta opinião.
Nossos antepassados deixaram a Igreja da Inglaterra por causa dos graves erros de seu livro de orações, a sua forma de governo da igreja, e sua forma de procedimento e
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