Dormir não é mais só fechar os olhos: é, muitas vezes, encontrar-se com tudo aquilo que não conseguimos calar. E, no entanto, até nesses momentos de insônia algo precioso pode nascer. O tempo do repouso nem sempre é feito de silêncio, mas de escuta. Quando aceitamos olhar de frente aquilo que nos inquieta, o travesseiro deixa de ser apenas lugar de desconforto e se transforma em campo de cura. Há noites longas, sim, mas nenhuma é infinita. Sempre haverá um novo amanhecer. Mesmo sem saber, somos sustentados por uma presença que vela por nós. Dormir, às vezes, é confiar que Deus fará repousar também os pensamentos.
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