Nos preocupamos muito com a opinião alheia. Desde pequenos ouvimos os adultos falar: ‘O que os outros vão dizer?’ A opinião de quem está por fora da situação pode ser importante, mas não deve ser determinante. A autenticidade gera a espontaneidade. Precisamos nos sentir livres para exercitar as necessárias escolhas e opções. No entanto, muitas vezes buscamos reconhecimento externo como se ele fosse a prova de que estamos avançando. A opinião dos outros pode até ser estímulo, mas nunca será critério absoluto da nossa evolução. Há processos que acontecem de forma discreta, invisível, e ainda assim são profundamente reais. Um coração que aprende a perdoar, mesmo sem anunciar, já está crescendo. Uma mente que silencia diante da provocação já está amadurecendo. Uma alma que reza no segredo já está se fortalecendo. O progresso verdadeiro é silencioso, não precisa de aplausos, porque sua grandeza está no interior. Esperar validação externa é se condenar a uma vida de expectativas frustradas, pois nunca haverá unanimidade. Sempre haverá quem não perceba ou quem critique. Mas quando sabemos quem somos e reconhecemos o caminho que percorremos, não precisamos de confirmação. Cada passo dado na direção certa já é vitória. O amadurecimento acontece aos poucos, como a semente que cresce debaixo da terra sem que ninguém veja, até o dia em que floresce. É no silêncio que nascem as raízes mais fortes. A comparação constante nos rouba a alegria de reconhecer nosso próprio ritmo. O que importa não é correr mais rápido do que os outros, mas ser fiel ao nosso próprio processo. O progresso pode ser lento, mas é real quando nos torna mais humanos, mais sensíveis, mais próximos da verdade. A vida não exige espetáculo, exige constância. O coração se alegra quando percebe que, mesmo sem alarde, está mais em paz do que antes, mais confiante do que ontem. Esse é o sinal de que estamos progredindo. No fim, o reconhecimento que vale é aquele que nasce dentro de nós e diante de Deus, que vê até o que ninguém percebe.
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