A IRONIA DA PRATICA DO PECADO

“Visto que os deuses dos reis da Síria os ajudam, eu sacrificarei a eles, para que também me ajudem.” (2Crônicas 28.23b) A ironia da prática do pecado é o sujeito pecar mais ainda para tentar se livrar das consequências do pecado anterior. Acaz, rei de Judá, mergulhou fundo na idolatria, chegando ao ponto de sacrificar seus próprios filhos no fogo. Ele “levou Judá a pecar de modo desenfreado e desprezou o Senhor completamente. Mesmo durante a angústia voltou a pecar contra o Senhor.” (2Cr.28.19,22). Por essa razão Deus o puniu, bem como ao povo de Judá. Hordas de inimigos invadiram e saquearam seus territórios e quando pediu socorro aos assírios, estes enfraqueceram ainda mais Acaz e seus exércitos. Por um raciocínio torto, esse rei concluiu que se os sírios o haviam derrotado, era porque seus deuses eram mais poderosos que o Senhor. Sua mente dominada pelo mal, viciada na lógica do pecado, não conseguia imaginar que a derrota era fruto do seu desprezo ao Senhor e às suas leis. Ele foi derrotado justamente porque Deus “o entregou na mão dos sírios” e “também na mão do rei de Israel.” (2Cr.28.5), em razão de seus terríveis pecados, relacionados com a idolatria, os quais chegaram ao extremo de fechar as portas do templo de Jerusalém. A estratégia satânica é levar o homem a pecar cada vez mais, fazendo-o pensar que um novo pecado o livrará dos maus resultados dos pecados anteriores, até ser quase impossível libertar-se do mal. Assim, por exemplo, o leva a dizer uma mentira para encobrir outra mentira, a cometer um crime para eliminar os vestígios de outro crime. Infelizmente muitos cristãos também se deixam envolver por essa artimanha diabólica, e caem em um novo pecado para tentar escapar das teias de outro mal já praticado. É melhor seguir a sabedoria de Provérbios 28.13: “Quem encobre suas transgressões jamais prosperará, mas quem as confessa e abandona alcançará misericórdia.”