quinta-feira, 24 de julho de 2025

ATITUDE

 Novas atitudes nascem da insistência dos pensamentos. Na minha missão e ação, não julgar é mais do que um preceito bíblico, é condição para que a convivência seja realmente agradável. Quais os ganhos em julgar? Não soma e nem acrescenta nada, mas pode nos dar muita dor de cabeça. Uma pessoa que julga corre o risco de ficar na solidão. Na pressa cotidiana, quantas vezes olhamos rapidamente para alguém ou alguma situação e, quase sem perceber, formamos opiniões imediatas, julgamentos que não passaram pelo filtro da compreensão ou da compaixão. É como se estivéssemos presos num ritmo acelerado, que não nos permite ver com profundidade o que realmente importa. A vida nos ensina, porém, que a verdade quase nunca é revelada por completo nos primeiros instantes. Ao contrário, ela pede que observemos mais de perto, que demos a chance de ir além da superfície para, então, compreender a realidade com a suavidade do olhar e a paciência que vem da sabedoria. Quem se apressa em julgar geralmente deixa escapar nuances importantes, detalhes preciosos que podem mudar completamente o sentido do que vemos. Conhecer verdadeiramente alguém ou compreender profundamente um acontecimento requer tempo, escuta e respeito pelo mistério que habita o coração humano. É justamente por isso que o julgamento apressado costuma deixar marcas profundas e injustas na vida de tantas pessoas. Que saibamos dar um passo atrás quando a vontade de julgar bater à porta, permitindo que a bondade prevaleça, que a generosidade ilumine as sombras das primeiras impressões. Afinal, somos todos seres complexos, feitos de luzes e sombras, de acertos e erros, merecedores da compreensão que tanto desejamos receber. E, assim, ao diminuir o ritmo dos julgamentos, ampliamos a capacidade de amar e aceitar o outro exatamente como ele é, sem exigências ou condições. É nesse movimento lento e acolhedor que encontramos a verdadeira face da vida, aquela que só o amor é capaz de revelar. 

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