As mudanças sociais impactam diretamente em nosso modo de viver. Há tempo adicionei o cuidado no meu cotidiano, ao invés de sentir medo. O medo anestesia e rouba os melhores sonhos. Vejo muitas pessoas abdicando de belas iniciativas unicamente por causa do medo. Ninguém deveria deixar de viver de forma espontânea por causa do medo. Podemos reorganizar nossas rotinas, deixando o cuidado traçar os novos itinerários. Sim, o amanhecer nos lembra que toda estrada começa com o primeiro passo, mesmo quando o coração ainda carrega resquícios de medo. A coragem não grita, mas segue. Os medos falam alto, especialmente quando estamos diante do novo, do incerto, daquilo que exige entrega. Eles usam palavras duras, pintam cenários sombrios e tentam nos convencer a parar. Alimentam dúvidas, distorcem possibilidades, projetam fracassos antes mesmo que algo comece. Mas a coragem não discute, ela age. Ela se move mesmo com o coração acelerado, mesmo com os pensamentos duvidando. Não é ausência de medo, é presença de propósito. É saber que o caminho vale mais que a hesitação. Há dentro de nós uma força que os temores desconhecem, uma centelha que insiste em brilhar mesmo quando a escuridão tenta apagar. Quando colocamos os pés no caminho, mesmo trêmulos, já estamos vencendo. E se o medo nos empurra para trás, a coragem nos puxa para dentro, onde mora a firmeza. A cada passo, a coragem cresce. A cada queda, ela aprende a se reerguer com mais dignidade. É no esforço silencioso de continuar que ela ganha forma. Seguir em frente é a resposta mais serena aos gritos do medo. E quando a mente se agitar com incertezas, que o coração responda com fé. Há dias exigentes, mas há também em nós uma esperança que não se rende, uma força que se refaz ao simples toque da confiança. Viver é bom demais.
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