Refletir. Pensar ou espelhar. Ir, vir ou escolher ficar. Estar de frente para a alma e redesenhar a luz que ela emana. Entender o que ela diz, grita, sussurra ou encena. Uma tela. Várias cores, sentimentos, sinestesia. Poesia de existir. Rima de lágrimas e sorrisos. Ou sorrisos por lágrimas. Só risos. Só lágrimas. Mar salgado que adoça a vida. Vida doce que deságua no mar salgado do existir. Ou será que existir é suave e salgamos os dias? Se for, leveza. Se eleve. Se releve. Se perdoe. Se abrace. Se entenda. Se esqueça. Mas, quando for necessário, lembre. Vida. Uma exposição de quadros, fatos, rostos, pessoas, da gente, dos nossos corações. Nem pagamos os ingressos, ingressamos sem perceber. Não é justo que saiamos da galeria sem ver as telas. Sem que reconheçamos que cada um de nós é a própria moldura. Que vida dura. Que bom que a vida dura! E que seja eterna enquanto isso. Apesar de clichê. Eu gosto dos clichês.
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