segunda-feira, 10 de março de 2025

CISTERNA

 Quem dera!

Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos. (Sl 119.5)

O coração do homem está cheio de desejos. Qual deles é o mais intenso e qual deles é o mais urgente, nem sempre se sabe com precisão. Por serem mais de um, por serem muitos, por serem variados, por serem atrevidos.

Numa ocasião, o salmista exclamou: “Quem me dera me trouxes­sem água da cisterna da porta de Belém!” (2Sm 23.15). Noutra ocasião, tornou a exclamar: “Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos!” (Sl 119.5). Água de Belém e obediência aos decretos do Senhor: dois desejos fortíssimos em ocasiões diferentes.

Dificilmente uma pessoa resgatada do domínio das trevas e transpor­tadas para o Reino de Deus por Jesus Cristo (Cl 1.13) não tem ambições de santidade. Ela expressa esse forte desejo em suas orações: “Tomara que eu não me ire nunca mais”; “Oxalá eu nunca me deixe envaidecer”; “Quem dera que eu jamais cometesse tal pecado outra vez”; e assim por diante.

De fato, o alvo mais alto, a meta mais desejável, o ideal mais bem- -aventurado é não pecar contra Deus. Foi o apóstolo João quem asseverou: “Escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem” (1Jo 2.1).

Mas o alvo é difícil. João mesmo o admite: “Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.

É por essa razão que dizemos: “Quem dera!”, “Tomara!” e “Oxalá!”. Todavia, mesmo difícil, mesmo alto demais para a atual estrutura interna e externa, é preciso continuar a clamar como o salmista: “Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos”!

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