DOM

  Como seria o cotidiano se não houvesse o dom da fé? As pessoas mais felizes são aquelas que permitem à vida uma experiência profunda de Deus. Depois de tantos desencontros, um dia, sem ter outra saída, houve uma aproximação: Deus já não estava mais tão distante. A partir deste encontro, a confiança foi ocupando alguns espaços, a decepção provocou a busca de uma profunda experiência de amor. Ele nunca desiste de amar. Deixar-se amar é uma permissão, uma escolha. Quanto tempo perdido justificando o injustificável. Cultivar dúvidas é muito mais fácil do que abraçar a certeza da existência de Deus. De um jeito ou de outro, é preciso deixar o tempo passar para que as evidências adquiram consistência. Porém, somente Deus é capaz de ensinar o valor da fé. Dificilmente alguém se arrepende de ter fé. O contrário é bem mais provável: quanto tempo desperdiçado por não ter deixado espaço, na lotada agenda diária, para contemplar as divinas manifestações. O interessante é que, cedo ou tarde, todos vão ser convocados a uma síntese da própria história. Os dias mais iluminados serão aqueles onde a transcendência visitou a essência. Muitos já entenderam que fé e felicidade acontecem numa inédita parceria. A distância da fé implica necessariamente numa proximidade do vazio. Que se torne urgência a descoberta do valor da fé. Nenhum dia sem Deus, nenhum um instante sem amor, nenhuma vida sem sentido. Uma decisão inteligente: fazer do amor de Deus uma eterna experiência de fé.