O ser humano vive diferentes etapas, mas sempre movido por processos que permitem qualificar a existência. A evolução faz parte da naturalidade da vida, mas necessita de empenho e de permissão. Além de agregar conhecimentos e melhorias, é necessário ser seletivo. Há uma infinidade de coisas que podem ser descartadas para que a vida seja mais leve e feliz. O mundo oferece de tudo, mas nem por isso devemos absorver inutilidades. Precisamos mudar para conservar intacta a nossa essência. Gosto muito do movimento de simplificação da vida. Trata-se de um caminho que oportuniza experiências extraordinárias de vida e de esperança. Porém, crescer não é só acumular experiências, mas aprender a se libertar do que não nos serve mais. Guardar mágoas, alimentar rancores, reviver dores antiga: tudo isso nos aprisiona em sentimentos que não constroem, apenas desgastam. O espírito não encontra leveza enquanto insistimos em carregar pesos que já deveriam ter ficado no passado. Evoluir exige coragem. É olhar para dentro e reconhecer o que ainda nos prende, o que drena nossa paz, o que impede nosso crescimento. Muitas vezes, nos apegamos a dores porque já nos acostumamos com elas, mas há um momento em que precisamos fazer escolhas: continuar carregando o que nos adoece ou abrir espaço para o que nos cura. A alma só floresce quando nos permitimos soltar. O que já passou não pode ser mudado, mas pode ser ressignificado. Perdoar não significa esquecer, mas libertar-se daquilo que já não merece ocupar espaço dentro de nós. Abandonar velhos ressentimentos não é ignorar o que aconteceu, mas escolher seguir sem o peso que eles trazem. Nem toda mudança acontece de um dia para o outro, mas cada escolha consciente nos aproxima de uma vida mais leve. Que hoje possamos olhar para dentro com honestidade, identificar o que já não nos faz bem e, com coragem, deixar ir. Porque crescer não é acumular, mas aprender a viver com o que realmente importa.
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