APRENDER

 É MOMENTO DE OUVIR, OBSERVAR E APRENDER DO SENHOR (Jonas 1:17)

Às vezes somos levados a pensar que os abalos da vida vêm sempre do maligno. Observando a Palavra, porém, vemos que Deus enviou diversas tempestades para tratar, edificar, corrigir, encorajar e transformar o seu povo. 

O mesmo ocorreu com Jonas. Lemos que enviou "o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe" (1:17). 

É interessante observar que a palavra "enviar" pode ser mais literalmente traduzida por 'preparar' ou 'designar'. O certo é que tanto a tempestade, quanto o grande peixe, foram enviados por Deus para tratar do profeta, que tinha uma ferida aberta em sua alma - o ódio aos ninivitas. 

Em nossas vidas precisamos constantemente levantar esta pergunta: o que Deus está falando? Perante o sofrimento que chega, a tormenta que não cessa e o inimigo que não se vai, qual o propósito de Deus? O que Ele está falando? 

Aprendemos de Deus no dia bom e no dia mau. Quando a oração é respondida e quando Ele nos diz para aguardar. Ao experimentar o livramento e também o sofrimento. A impressão que tenho é que Deus trabalha conosco em ciclos, um passo por vez, tocando as circunstâncias e os nossos corações, sempre com o propósito de nos transformar em vasos de honra, para a Sua glória. 

Em meio às tormentas, talvez três perguntas devam ser levantadas. A primeira é: o que Deus está falando? Essa pergunta nos ajuda a abrir os corações e também os olhos para percebermos os planos de Deus. Muitas tempestades vêm para nos corrigir. Outras para despertar a nossa fé. Ainda outras, para nos ensinar algo que só aprenderíamos passando por ali. 

A segunda pergunta é: Onde está minha confiança? Precisamos nos lembrar diariamente que a nossa confiança está no Senhor e não nas amarras aparentemente seguras da vida. Quando esquecemos, frequentemente o Senhor corta as amarras para nos lembrar que somente Ele é nossa confiança eterna. 

A terceira pergunta é: Como devo reagir? Antes de qualquer ação, é preciso orar. À medida que oramos, aprendemos a descansar nele, esperar nele e confiar nele. Na oração demonstramos a nossa dependência de Deus. 

Ore por discernimento, para saber como e quando agir. Ore por contentamento, para que guarde a alegria de Cristo mesmo em meio ao dia mau. Ore por valentia, para ter coragem de fazer aquilo que deve, mesmo sendo difícil. Ore por mansidão, para não agredir ao ser atacado. Ore por amor, para caminhar a segunda milha com o coração aberto. Ore por humildade, para se lembrar sempre que a resposta certa vem do Senhor. 

Não é fácil enfrentar a tempestade, nem ser engolido por um peixe. Nenhuma tragédia da vida, porém, será maior do que a bondade e misericórdia do Senhor. Fiel é o nosso Deus!