domingo, 31 de agosto de 2025

DESERTO

 “O deserto e a terra seca se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso. Ele se cobrirá de flores, dará gritos de alegria e exultará. Receberá a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom. Eles verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus.

Fortaleçam as mãos frouxas e firmem os joelhos vacilantes. Digam aos desalentados de coração: Sejam fortes, não tenham medo. Eis aí está o Deus de vocês”. Is 35:1-4ª

 

Tais sentimentos equivocados sugam nossa força e minam a nossa fé... Vemos o deserto como um imenso matadouro, onde fomos deixados para morrer a míngua. Quanto engano o nosso!

 

Ao contrário do que pensamos, o deserto não é lugar de morte, mas de preparação... não é o nosso destino, mas parte do nosso trajeto. Deserto é lugar de amadurecimento... lugar de forja... lugar de quebrantamento... lugar de reposicionamento... Há propósito para cada um dos nossos desertos.

 

Deus não nos envia ao deserto porque não nos ama, ou simplesmente deseja nos castigar... Não! É por nos amar e por não querer nos perder, é que Ele nos envia ao deserto. No deserto Ele arranca de nós o que não é d’Ele, e nos preenche com a Sua Presença. No deserto, Ele nos desnuda e nos revela as verdadeiras intensões e motivações do nosso coração... com o intuito de nos alinhar novamente com o coração d’Ele.

 

Deserto não é confortável, é verdade. Mas é em meio ao desconforto e escassez momentâneos que vamos entendendo que podemos viver sem muitas coisas, mas que é totalmente impossível vivermos sem Jesus.

 

Deus não nos envia sozinhos para o deserto, Ele pessoalmente vai conosco. Ah! Quando conseguimos Sua Presença, passamos a enxergar além de uma paisagem inóspita e sem vida, e passamos a enxergar o propósito para a nossa existência e o nosso verdadeiro destino.

 

Há vida no deserto... há esperança em meio as adversidades... há alegria em meio a escassez, simplesmente porque Jesus está presente em todas essas situações.

 

Passe pelos desertos da vida com a certeza de que ele faz parte do trajeto que te conduzirá a uma terra boa, que mana leite e mel. Uma terra de fartura e de vida plena e abundante.

 


CORAÇÃO

 Como vimos, a vida de Paulo foi marcada por perigos e desafios. Ele enfrentou naufrágios, perseguições, prisões e solidão. Mas, em meio a tudo isso, o Senhor lhe apareceu e disse: “Coragem!” (At 23:11). Não foi apenas um consolo, mas um chamado. Paulo não estava diante de um caminho tranquilo, mas de uma jornada dura, que terminaria em prisão domiciliar, vigiado por um soldado dia e noite durante dois anos (At 28:30).

No entanto, o livro de Atos termina com uma cena gloriosa: “pregando o reino de Deus e, com toda intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo” (At 28:31). Nada pôde calar a voz do evangelho.
Mas podemos perguntar: como assim, "sem impedimento algum"? E a prisão? O soldado? A espera da sentença a ser dada pelo Império? O certo é que, cheio da coragem de Deus, Paulo via oportunidades onde outros enxergavam apenas barreiras.
Coragem, aqui, não significa ausência de medo, mas confiança de que Deus está presente. De fato, coragem só é necessária porque há medo, há temor. Assim, pergunto: o que faz o seu coração tremer? O que amedronta a sua alma?
Há enfermidades que nos limitam, crises que nos abalam, incertezas que nos cercam e pressões que tentam roubar nossa fé. Mas as palavras de Jesus ecoam ainda hoje: “Coragem!”.
Ele não nos promete ausência de tempestades, mas garante a sua presença em cada passo. A coragem que o Senhor nos dá nasce da certeza de que nenhuma prisão, dor ou oposição pode impedir o avanço do evangelho.
E, na vida pessoal, quando tudo parecer escuro, lembre-se: o mesmo Senhor que esteve ao lado de Paulo está ao seu lado. Ele o sustenta, renova as forças, traz esperança e derrama paz.
Coragem para enfrentar o dia mau. Coragem para testemunhar de Cristo. Coragem para cumprir a missão até o fim, confiando que Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la.
Enquanto Ele nos sustentar, avancemos. Ele deseja que o Seu Nome seja conhecido e adorado entre todos os povos da terra, perto e longe. Portanto, confiemos! Coragem!

SOLIDÃO

 

A solidão não tem a ver, necessariamente, com o fato de estarmos sozinhos. Podemos estar cercados de pessoas e, ainda, assim, ter a sensação do abandono.

Muitos podem ser os motivos para o sentimento de solidão. Podemos: ter nos isolado após uma decepção; nos sentir rejeitados e excluídos; estar lutando sozinhos por algo que cremos e parecer que ninguém nos entende ou se importa com a nossa causa; ter errado e isso ter nos causado tanta culpa que nos afastamos dos outros; ter rompido um relacionamento e ficado sem companhia, e por aí vai. Você já passou por isso?

É claro que estar cercado por pessoas que nos amam, nos apoiam e nos aceitam da forma como somos é maravilhoso, mas nem sempre será assim, principalmente porque não pertencemos mais a esse mundo.

Mas, quando nos sentimos sozinhos, estamos mesmo sozinhos? Com certeza, NÃO, pois a Palavra de Deus diz que Deus JAMAIS nos abandona.

Por isso, se você se sente sozinho, entenda que é apenas um sentimento. Não se entregue a estes pensamentos que, muitas vezes, levarão você a sentir pena de si mesmo, mas DECIDA acreditar no amor de Deus, que é provado em Sua Palavra.

Pai está com você em todo tempo. Ele jamais te abandona. Assim como aquele homem leproso (Mateus 8:1-4), que era rejeitado e vivia isolado da sociedade por causa da sua doença contagiosa, foi ao encontro de Jesus para mudar a sua história, faça o mesmo! Vá ao encontro de Jesus quando se sentir sozinho!

Jesus muda a sua condição e aquece o seu coração. Ele te ama e te entende como ninguém. Veja o que Deus diz: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Isaías 49:15).

VIDA

 Os tempos mudaram e a vida assimilou outro ritmo. Para conservar a paz interior é necessário desenvolver uma incrível habilidade. A grande maioria se deixa levar pela agitação e pelo ruído, que fazem mal à saúde. Precisamos ficar atentos para que nosso coração aprenda a descansar. Porém, existem momentos em que a vida se mostra incompreensível. Planos desfeitos, perdas inesperadas, caminhos interrompidos sem explicação. O coração humano, ansioso por respostas, se agita em busca de razões, mas nem sempre elas chegam. É nesse território do mistério que a fé se torna essencial. Fé não é fingir que não doeu, nem negar as perguntas que nos atravessam, mas é a escolha de descansar mesmo sem compreender. É confiar que existe um sentido maior, ainda que oculto aos nossos olhos. Essa confiança não nasce da lógica, mas da experiência de que Deus nunca abandona. É Ele quem sustenta quando as forças parecem se esgotar, quem embala quando a noite é longa, quem renova a esperança quando tudo parece sem saída. A fé nos ensina a não confundir silêncio de Deus com ausência, porque Seu agir muitas vezes se revela na sutileza e não no espetáculo. Descansar na fé é deixar de lutar contra aquilo que não depende de nós, entregando ao Criador o que não conseguimos carregar sozinhos. É um abandono confiante, não resignado, que abre espaço para a paz brotar no meio do caos. Quando aprendemos a viver assim, o coração já não precisa de todas as respostas para continuar, porque descobre que a presença de Deus basta. O silêncio, com seu tom de oração e gratidão, nos recorda dessa verdade. Não se trata de entender todos os porquês, mas de aprender a confiar no cuidado divino, que sempre encontra caminhos de amor mesmo onde só enxergamos escuridão. A fé, em sua essência, é essa entrega que nos liberta da necessidade de controle e nos devolve serenidade. E nesse descanso interior descobrimos que, ainda que não entendamos os caminhos, nunca caminhamos sozinhos.

ADN

 Recentes testes de ADN e pesquisas científicas confirmaram o ensino bíblico de que a humanidade descende de um homem e de uma mulher. Em 1987, uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley publicou um estudo com pessoas de diferentes localizações geográficas no mundo e constatou que todas tinham o mesmo ancestral feminino. Eles chamaram-na “Eva mitocondrial” (ADNmt). Em 1995, outros estudos feitos em homens confirmaram um cromossoma comum, “Y”, que faz dele masculino, veio de uma fonte, um Adão. Estes estudos também confirmaram que estes dois viveram ao mesmo tempo e no mesmo local. ADN (ácido desoxirribonucleico), é um código genético que carrega a informação de traços ancestrais, tanto físicos como emocionais e espirituais.

A Bíblia diz claramente que todos descendem de um homem, Adão (Atos 17:26). Ele foi criado com um ADN puro, mas quando pecou o seu código genético foi alterado e deu início a uma deformação. Este ADN contaminado pelo pecado foi transferido de geração em geração até aos dias atuais, por meio do cromossoma Y do pai. Portanto, assim como o pecado entrou no mundo por um homem, e a morte pelo pecado, assim também a morte passou para todos os povos, porque todos pecaram. Jesus tinha um ADN diferente, um ADN Real. Ele nasceu de uma mulher, Maria, realizando assim um ADNmt comum, mas não o de Adão. O primeiro Adão era um ser vivo, ele veio da terra, controlado pelos seus instintos carnais e natureza pecaminosa. O último Adão, Jesus, é um Espírito que dá vida, Ele é do céu com uma natureza espiritual e controlado pelo Espírito Santo (1 Coríntios 15:45-49).

O ADN de Adão não pode entrar no Reino dos Céus. Ele foi condenado à corrupção e morte. Deve haver um novo nascimento, resultante de uma transformação da natureza genética. É preciso ser nascido do Espírito para ser capaz de entrar na presença de Deus. Quando aceitamos Jesus nas nossas vidas, os nossos pecados não são apenas lavados pelo Seu sangue, mas tornamo-nos filhos de Deus, com a Sua natureza e Seu ADN Real. Como Pedro diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). Como descendentes de Adão, nós temos a imagem do homem terrestre, mas em Jesus somos transformados à Sua imagem.

A vida está no sangue. Foi pelo derramamento do sangue de Jesus que recebemos perdão pelos pecados, a cura de doenças, a quebra de maldições e somos libertos do inimigo. Pela fé, participamos do sangue de Jesus e somos salvos do pecado e da morte, somos transportados do Reino das Trevas para o Reino de Deus. O nosso espírito renasce e nós somos uma nova criação. A nossa alma (mente, emoção e vontade), por outro lado, precisa de ser transformada. O nosso espírito renasce instantaneamente, mas a nossa alma transforma-se progressivamente. A nossa mente deve ser renovada, as nossas emoções controladas e a nossa vontade submetida. O sangue que nos salvou é o mesmo sangue que nos muda. À medida que aplicamos o sangue de Jesus nas nossas vidas, os velhos hábitos pecaminosos e as amarras do inimigo são quebrados e os nossos traços ancestrais mudam. Deus também tem um plano para os nossos corpos. Embora a transformação final só vá ocorrer na ressurreição dos mortos, podemos receber a cura de todas as doenças através do sangue de Jesus. O ADN Real do Sangue de Jesus santifica-nos, tanto no espírito como na alma e corpo.


GRATO

 É engraçado como por vezes nos lembramos de algumas músicas infantis. Uma das músicas que me lembro é de Johnson Oatman, cujo título é: “Conta as Bênçãos”:

Conta as bênçãos
Conta quantas são
Recebidas da divina mão
Uma a uma
Dize-as de uma vez
Hás-de ver surpreso
Quanto Deus já fez

Johnson Oatman

Quando começamos a pensar nas diferentes maneiras em que Deus já nos abençoou, jorram orações de gratidão nos nossos corações. Consegues contá-las? Talvez devêssemos fazê-lo, contar uma a uma. Começa com, “Obrigado Pai por…” – Eu vou ajudar-te a começar.

Obrigado Pai, pelo amor que tens derramado sobre nós, e por nos aceitares como Teus filhos. Obrigado Pai, pelo Evangelho da graça de Deus, que em verdade veio até nós e mudou as nossas vidas. Obrigado Pai, porque os olhos do nosso entendimento foram iluminados pelo espírito de sabedoria e revelação e porque podemos conhecer quais são as riquezas da nossa gloriosa herança nos santos. Obrigado Pai, pela graça de sermos transformados de acordo com o propósito que tens para nós. Obrigado Pai, por nos dares domínio sobre as trevas e nos transferires para o reino do teu amado Filho. Obrigado Pai, porque ressuscitaste Cristo dos mortos e porque O sentaste à Tua direita, acima de todo potestade, autoridade e poder. Obrigado Pai, pelo perdão dos pecados e pela presença do Espírito Santo.

Tantas bênçãos a relembrar. Tão agraciados que temos sido. Conta todas as bênçãos.

Ted Sandquist escreveu um cântico que eu quero partilhar:

OBRIGADO, JESUS CRISTO

Obrigado por desceres e ascenderes
Obrigado pela vida e a dádiva
Obrigado pela morte e ressurreição
Pela vitória e reinado.

Obrigado Jesus Cristo pela redenção
Obrigado pelo Evangelho do Reino
Obrigado pela misericórdia
Obrigado pela glória
Obrigado pelo Espírito e pelo Corpo.

Obrigado pelo amor e obediência
Obrigado pela vinda e entrega
Obrigado pelo ensino e pela oração
Obrigado pelo sofrimento e a morte.

Obrigado pela salvação e perdão
Obrigado pela cura e libertação
Obrigado pela procura e pela escolha
Obrigado pela chamada e amor.


CORPO

 O Corpo de Cristo é composto por todos aqueles que foram redimidos pelo Sangue de Jesus e foram unidos para cumprir o propósito de Cristo, aqui na terra. Assim como o corpo humano tem diferentes membros, mas unidos por articulações e ligamentos, assim o Corpo de Cristo mantém-se unido por relações de aliança. Paulo diz que a relação “uma só carne” entre um homem e uma mulher no casamento simboliza o mistério da unidade do Corpo de Cristo. Essas conexões são inseparáveis. O propósito é serem mutuamente edificados e reflectirem a natureza e o carácter da cabeça, que é Jesus.

A “cabeça” determina o posicionamento de cada membro do Corpo e quando cada um dos membros funciona adequadamente todo o corpo cresce e edifica-se em amor (Efésios 4:16). No século 19, houve um famoso par de gémeos ligados, cujos nomes eram Chang e Eng Bunker. Eles eram de Sião, (Tailândia), e devido a isto surgiu a expressão “gémeos Siameses”. Hoje, nos EUA, usam a expressão “unidos pelo quadril”, referindo-se à forma como alguns irmãos siameses estão ligados, para expressar um forte vínculo entre duas pessoas. Esta ligação profunda dá vida e amadurece com o tempo.

Eu tenho esse tipo de relacionamento com um número de pessoas, dentro do Corpo de Cristo, e sou muito beneficiado por aquilo que eles têm adicionado à minha vida. Dentro destas relações, não há necessidade de “quebra-gelos”, nem há superficialidade ou medo de ofender. Tal como com um sapato usado, é confortável estar com eles. Eu também aprendi que algumas pessoas não são tão dadas a este tipo de aliança. Embora possa haver uma atracão à primeira vista, elas simplesmente não ficam. Mesmo quando as suas palavras expressam compromisso, quando elas querem sair, saem.

Quando as pessoas se afastam de ti deixa-as ir. Não tentes convencê-las a ficar. Não podes forçar ninguém a ficar contigo. O teu destino não está ligado a alguém que te tenha deixado, mas sim ligado com aqueles a quem Deus uniu a ti. Aqueles que estão unidos a ti vão ficar. As Escrituras falam sobre isto: “Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido connosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos”(I João 2:19). Estes tempos de separação podem ser dolorosos, mas tu tens que continuar.

Deus está a construir a Sua Igreja e nada nem ninguém pode prevalecer contra ela. Há um desejo inato em cada um de nós para a intimidade e relacionamentos. Fomos criados por Deus para estarmos ligados uns aos outros. Desde o início da criação, Deus disse que não era bom que o homem estivesse só; Então ele criou uma ajudadora para o homem. A família foi criada para que cada criança nascesse em um ambiente de amor e carinho. Quando o pecado entrou na equação humana, o resultado foi a divisão e solidão. Todos foram separados de Deus e uns dos outros.

Mas o amor de Deus perseguiu-nos. Ele encontrou-nos no nosso estado perdido e levou-nos à Sua família. Os Salmos dizem que Ele coloca o solitário em família (Salmo 68:6). Ezequiel graficamente retrata isso quando diz que nós éramos como um feto abortado, deixado à morte à beira da estrada. O Senhor veio e falou vida sobre nós e criou-nos como sendo Seus (Ezequiel 16:4-14). Ao ligarmo-nos a Deus, então podemos estar ligados com os outros. Ele é a terceira dobra do cordão que não é facilmente rompido (Eclesiastes 4:12).

Ao encontrares o teu lugar no Corpo de Cristo, sê fiel em manter a unidade do Espírito no vínculo da paz. Ao seres uma bênção para aqueles a quem Deus uniu a ti, as tuas necessidades de amizade e intimidade serão supridas.


VERGONHA

 No início da carta de Paulo aos Romanos, o livro mais teológico do Novo Testamento, ele declara: “Porque não me envergonho do Evangelho…”. Esta declaração é crucial para entender a convicção da sua apologética (Romanos 1:16). O Evangelho é o poder de Deus para todos os que n’Ele creem. A mensagem da obra salvadora de Deus em Cristo Jesus é a única mensagem de esperança que este mundo tem. Paulo sentiu que tinha a obrigação de pregar o Evangelho (v. 14). Ele não estava a tentar ser politicamente correto, de modo a agradar à multidão. Ele estava disposto a sofrer perseguição, ser mal-entendido, caluniado e humilhado, mas não tinha vergonha.

A vergonha é uma emoção social prejudicial. É um estado de desconforto emocional consigo mesmo, depois de se experimentar um ato ou condição socialmente inaceitável que é testemunhado por outros. Geralmente há alguma perda de dignidade e honra envolvida. Em algumas culturas, os membros da comunidade às vezes são assassinados pelas suas próprias famílias, quando o comportamento desviante da vítima traz vergonha sobre a “honra” da família. Pode-se sentir vergonha em níveis diferentes, podendo variar desde a vergonha sentida quando um pecado é revelado, ou pelo constrangimento de esquecer as falas numa produção teatral. Para evitar a vergonha, muitos ajustam o seu comportamento para encaixar nas expectativas do seu contexto social. Por exemplo, alguns expressam abertamente a sua fé em torno daqueles que têm as mesmas crenças, mas quando estão na companhia de incrédulos, eles permanecem em silêncio e não revelam a sua fé.

A raiz da palavra vergonha tem a ver com cobertura. Quando Adão e Eva pecaram, eles sentiram medo e vergonha e tentaram cobrir-se. Antes de pecar, eles não sentiam nenhuma vergonha por estarem “descobertos” ou transparentes, mas depois eles tentaram esconder-se. Para envergonhar alguém é necessário atribuir ou comunicar um estado de vergonha ao outro. É expor ou revelar um comportamento socialmente inaceitável. Jesus foi publicamente envergonhado quando foi pendurado nu na cruz. Paulo menciona que foi envergonhado de diferentes maneiras por causa do seu zelo em pregar o Evangelho (2 Coríntios 11:23-26). A sua dedicação à mensagem do Evangelho colocou-o constantemente numa má posição. Aonde quer que ele fosse, nas suas viagens, as pessoas insurgiam-se contra ele, mas ele estava disposto a sofrer a vergonha e o abuso de modo a que as pessoas pudessem ter a oportunidade de receber a salvação.

Como é que Jesus lidou com a vergonha que passou? A Bíblia diz que Ele suportou a cruz, desprezando a afronta (Hebreus 12:2). O que é que isto significa? Isto significa que quando a vergonha começou a tentar Jesus para que abandonasse a Sua obediência ao Pai, tomando o caminho mais fácil para agradar às multidões e para evitar a cruz, Ele disse à vergonha: “Vergonha, eu desprezo- -te. Tu podes fazer o que quiseres de Mim, mas Eu não vou ceder ao teu controlo”. Jesus virou a Sua atenção para o gozo que Lhe estava proposto. Ele ansiava pela salvação de todos os que estavam a envergonhá-Lo e assim estava disposto a sofrer, nas mãos dos mesmos, num curto prazo para ganhar a longo prazo.
A vergonha do Evangelho surge quando o status quo, outras opiniões e a reputação pessoal se tornam mais importantes do que a mensagem do Evangelho. Paulo diria: “Estou disposto a sofrer, perder os meus amigos e família, perder a reputação e ser mal interpretado, mas eu não me envergonharei. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. O Evangelho é uma mensagem de misericórdia e perdão. Ele traz esperança e salvação. Não há nada do que se envergonhar. É uma boa notícia.


sábado, 30 de agosto de 2025

CORAGEM

 Vimos ontem que a coragem é necessária em meio à pressão. Hoje, lembramos que todo cristão, por mais experiente e maduro na fé que seja, precisa de coragem para viver a sua fé, partilhar o evangelho e cumprir a missão que o Senhor lhe confiou. O apóstolo Paulo, já com anos de ministério, plantando igrejas, pregando a Cristo em diversas cidades e enfrentando perseguições, ainda assim necessitou de ânimo renovado. A caminhada com Deus não elimina nossas fragilidades, mas nos lembra de onde vem a nossa força.

Em Atos 23, lemos que, após enfrentar acusações diante do Sinédrio e ver a hostilidade crescer contra si, Paulo recebeu a visita do próprio Senhor Jesus. O texto afirma que “na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem!” (At 23:11). O detalhe é precioso: o Senhor não apenas enviou uma palavra de longe, mas se colocou ao lado do seu servo. A presença de Cristo foi o sustento que Paulo necessitava naquele momento de insegurança.
Aqui está uma verdade fundamental: a coragem cristã não nasce do preparo pessoal, de experiências acumuladas ou de apoio humano, mas da presença de Cristo que caminha conosco. Quando Jesus está ao lado, podemos atravessar prisões, tempestades, críticas, enfermidades, rejeições e dores, pois sua presença é suficiente para firmar nossos pés vacilantes.
A coragem pela presença de Cristo é a base da perseverança. É o que nos move a testemunhar em contextos hostis, a permanecer firmes quando os recursos acabam e a prosseguir mesmo quando os planos parecem desmoronar. Assim como Paulo não foi abandonado em Jerusalém, mas foi fortalecido para também anunciar em Roma, nós também não somos deixados sozinhos em nossas batalhas diárias.
De forma pessoal, talvez você esteja hoje cercado por pressões, dúvidas ou dores que drenam sua esperança. Ouça a voz de Cristo dizendo ao seu coração: “Coragem!”. Não se trata de uma ordem fria, mas de um convite sustentado pela presença dele. E lembre-se de que Aquele que está presente não é um mero amigo e companheiro de jornada, mas o Rei do universo, Senhor de todas as coisas e Redentor de sua vida. Nele, você encontra força para viver, ousadia para testemunhar e esperança para continuar.
Coragem! Não porque a vida seja fácil, mas porque Cristo está contigo. Ele é a razão da nossa firmeza, o fundamento da nossa paz e a certeza de que cada passo dado em obediência não é em vão.

ENSINO

 Às vezes algo termina; e a primeira sensação é a de fracasso.

Mas quem disse que toda despedida é um erro?
Quem foi que te ensinou que aquilo que não dura, não tem valor?
Há encontros que são para sempre.
Mesmo que durem só uma estação.
Há amores que vieram para ensinar o que é o amor, mas não para ficar.
E há escolhas que pareciam erradas, mas foram elas que te trouxeram exatamente até aqui, nesse momento.
Nem tudo que acaba foi tempo perdido.
Quando você olha de perto, com os ollhos da consciência,
percebe que cada passo, até mesmo os tropeços, te moldaram. Fizeram de você essa versão mais autêntica, mais livre, mais sua.
Aceitar o fim é uma forma de honrar o que foi.
E honrar é diferente de se agarrar.
É olhar com ternura e dizer:
“Obrigada por isso, isso ainda dói, eu sinto. Mas agora escolho continuar.”
Libertar-se é entender que há ciclos que só fazem sentido depois de recomeços. Confie na vida! Isso significa transcender as expectativas da mente e aprender a encerrar com gratidão para receber o novo com a alegria necessária à reconstrução.

MORTE

 Morte é desapego.

Eu vou ser duro nesse texto, mas não se atenha a sua sensibilidade e sim à mensagem que trago nesse momento.
É óbvio que ninguém espera a morte, nem a nossa, nem a do outro. Caso contrário não viveríamos a vida, mas morreríamos diariamente.
A verdade é que diariamente estamos mais próximos de deixar esse plano ou de ‘perder’ alguém antes, pois a morte é mesmo estúpida, chega no meio dos nossos planos.
Planos.
Aquela viagem, os filhos que não cresceram, o bolo que guardamos na geladeira, a briga que tivemos de manhã, o silêncio que escolhemos em vez de dizer aquilo que estava preso na garganta.
Os nossos sonhos.
Mas e se nada fosse ‘nosso’?
E se ao invés de construirmos um castelo de areia para chorar quando a onda chegar a gente simplesmente construísse um castelo para a onda levar?
Percebe a diferença?
O castelo construído com medo da onda é um castelo repleto de planos, de necessidades futuras, de felicidade programada para enquanto a onda não chegar; é um castelo frágil, melancólico, está sempre sentindo falta de algo que ainda não veio ou não aconteceu.
O castelo construído para a onda é um castelo repleto de magia e contentamento, gratidão e entusiasmo, um castelo presente, que pode a qualquer momento se dissipar... ele ensina e acolhe e mostra que o importante é aquilo que fica; sempre, aquilo que resta, que soma, que une, que transforma... não importa por quanto tempo físico isso possa durar.
O castelo construído para a onda não sabe do tempo. Não conta o tempo. Ele existe no agora.
Amanhã, quem sabe?
Estamos todos construindo um castelo que a onda vai levar, sem diferença.
A felicidade não é o castelo, mas a areia entre os dedos, o vento no cabelo, o cheiro do mar... A onda é a morte e o renascimento. O vazio que ela deixa na areia é uma nova chance de recomeçar. As mãos que constroem novos castelos são Deuses e Deusas capazes de construir novamente conscientes de que o castelo não é seu e de que tudo aquilo que existe é o momento presente.
Viver é descobrir o eterno desse momento.

AMO

 O tempo todo estamos buscando ser amados.

Compramos uma roupa bacana e esperamos que alguém note.
Cortamos o cabelo e esperamos que alguém elogie.
Passamos de ano e aguardamos as congratulações.
Mudamos de carreira e esperamos que alguém apoie.
Expomos nossas ideias e desejamos ser aceitos.
Buscamos nos incluir, nos adaptar, nos moldamos até caber dentro… da expectativa do outro.
Por que?
Por amor.
Para nos sentirmos amados.
O amor é esse lugar gostoso aonde parece que a gente importa, e é justamente a falta dele que nos coloca em uma posição de súplica, implorando atenção.
Aja portanto, como se o mundo inteiro amasse você e você jamais irá se sentir só, descabido ou inadequado em sua vida.
Quando saímos da posição de defesa - “ninguém me ama e preciso me defender” - automaticamente nos colocamos na posição de avanço - “todo mundo me ama e deseja estar comigo”.
Acredite, isso muda completamente como você vive a sua vida.
Pare de pedir amor e apenas comece a aceitar o amor que sempre esteve disponível.
Sentir-se amado não tem a ver com pessoas, é um estado de espírito, uma comunhão com a vida.

CORPO

 Antes que o seu corpo adoeça, pare.

Antes que a vida perca o brilho, pare.
Antes que você se arrependa, pare.
Pare de correr incessantemente dia após dia sem nem saber mais para onde ou para que.
Pare de reclamar tanto daquilo que não tem, de como as coisas não são, de quem você é.
Pare de se sentir inadequada, de viver aprisionada, de cuidar de coisas que não concorda.
Antes que seja tarde, pare tudo agora.
Só agora você está viva.
Só agora você pode.
Só agora o depois será diferente.
Esse é um manifesto pela ausência de trabalho, pela quietude de tardes sem fazer nada, pela saúde física e mental e pela justa valorização do dinheiro.
Você não precisa de mais dinheiro para aquela viagem, para aquele sapato, para uma casa mais confortável.
Você precisa de mais tempo para conseguir prestar atenção na paisagem diária, para conseguir caminhar descalços e para dormir no sofá de casa.
O tempo é a moeda mais valiosa, porque não tem troca, nem troco, nem estoque.
Quando você vê ele já foi usado.
Pare agora.
Essa é a verdadeira riqueza da vida moderna.

TEMPO

 São tempos difíceis para os sonhadores.

A gente não deveria ter que explicar aquilo que sente. As pessoas não deveriam ter medo de ouvir que nós somos felizes. E também não deveria ser estranho viver celebrando por aí.
Mas é.
Porque a vida ficou chata.
As pessoas se tornaram frias.
E as risadas são frouxas.
Oras! Eu vivo a poesia das coisas.
Eu vivo as cores, as flores e o silêncio incrível que há sob a luz do luar.
É, eu sei.
Estranho essa coisa de gostar do que é simples né?! E a riqueza que existe em celebrar um novo dia vivendo uma paixão a dois?!
Parece até coisa de cinema.
Ah, que felicidade a minha ter nascido esquisita.
Aparelhada para viver cada segundo dos meus dias.
Pronta para morrer de amores a todo minuto.
Uma eterna sonhadora que não se cansa de sentir.

PORTAS

 Deus usa portas fechadas para avançar a sua causa. Deus fechou o ventre da jovem Sara para que ele pudesse revelar o seu poder para a mesma quando idosa. Ele fechou as portas do palácio para Moisés, o príncipe, para que ele pudesse abrir os grilhões por meio de Moisés, como libertador. E Jesus… sim, até Jesus conheceu o desafio de uma porta fechada. Quando ele pediu um caminho que o desviasse da cruz, Deus disse não. Disse não a Jesus no Jardim do Getsêmani, para que pudesse dizer sim para nós nos portões do céu.

O alvo de Deus é pessoas. Ele mexerá numa tempestade para mostrar o seu poder. Ele lhe colocará na prisão para que você fale com o carcereiro. Não é que os nossos planos sejam ruins, mas os de Deus são melhores. Sua porta bloqueada não significa que Deus não lhe ama. Muito pelo contrário. É prova mesmo de que ele lhe ama.


EXISTIR

 Existir é o maior de todos os milagres. Quando sentimos que a nossa vida é o primeiro e o maior milagre, torno-me uma pessoa profundamente agradecida. Somos rodeados por pequenos e grandes milagres. Para perceber é necessário espiritualizar-se. Há em cada ser humano um mistério grandioso que, muitas vezes, passa despercebido. Costumamos olhar para fora em busca de sinais extraordinários, acreditando que o milagre precisa vir em forma de espetáculo ou em acontecimentos raros. No entanto, o milagre maior acontece dentro de nós todos os dias. O simples fato de acordar, respirar, sentir, caminhar e recomeçar já é uma expressão silenciosa de que a vida é dom e graça. Quando compreendemos que somos, nós mesmos, um milagre constante, o olhar muda, o coração se abre e a rotina se ilumina. É verdade que existem desafios, dores e dificuldades que por vezes obscurecem essa percepção. Mas até mesmo nas cicatrizes há milagres escondidos, pois elas revelam a capacidade de suportar, resistir e renascer. O milagre não é ausência de problemas, mas a força de continuar apesar deles. Somos milagre quando escolhemos amar, quando não desistimos diante das perdas, quando oferecemos o perdão que parecia impossível. Somos milagre quando transformamos a dor em aprendizado e quando descobrimos esperança em meio ao cansaço. O próprio amanhecer, com sua serenidade, nos convida a reconhecer essa verdade: não precisamos esperar algo grandioso para acreditar no extraordinário, porque ele já habita em nós. Quando nos damos conta de que carregamos essa centelha divina, a vida ganha outra dimensão. Passamos a valorizar cada detalhe, entendendo que nada é pequeno demais para ser dom. Esse reconhecimento nos chama também à responsabilidade: se somos milagre, devemos cuidar de nós mesmos com amor, respeitando corpo, mente, afeto e espírito, como quem cuida de um presente sagrado. Talvez o segredo esteja em parar de buscar o milagre fora e começar a reconhecê-lo dentro, no simples fato de ser e existir. O mundo pode tentar nos convencer de que não somos suficientes, mas a verdade é que a cada instante já somos prova viva da beleza da criação. O milagre está em nós, o tempo inteiro.

GRAÇA

 O avivamento é uma visitação especial da graça de Deus sobre a igreja, trazendo um alento novo ao povo de Deus. O avivamento é obra de Deus e não da igreja; vem do céu e não terra. Promove arrependimento sincero e também uma profunda volta para Deus. Traz apego à verdade e compromisso com a santidade. Restaura a vida da igreja e aquece seu entusiasmo missionário. O avivamento levanta a igreja e a leva ao mundo como embaixadora de Deus. Precisamos de um avivamento que coloque a igreja nos trilhos da sã da doutrina e a desperte para viver piedosamente. Um avivamento que traga uma faxina ética na igreja e faça dela um luzeiro a brilhar no mundo!


ORAR

 O versículo que você acabou de ler serve para todas as áreas da nossa vida mas, hoje, eu quero me concentrar em um milagre específico: a cura.

Se você está passando por um problema de saúde, é um cristão que tem conhecimento sobre o sacrifício da cruz do Calvário e acredita que Jesus levou com Ele todas as dores e enfermidades, é o momento de exercitar a sua .

Você pode ser uma pessoa que ama Deus profundamente e que até dedica sua vida ao ministério mas, ainda assim, precisará de fé para receber a saúde que lhe pertence por direito, como herança.

Apesar de você compreender na teoria que já foi curado por Jesus há mais de 2 mil anos atrás, para conseguir colocar em prática a sua crença quando a doença surgir, precisará ter um posicionamento firme porque muitas situações contrárias tentarão te convencer que a sua fé não funcionará.

Por isso, apresente a Deus a sua situação de saúde, declare com fé que você já foi curado por Jesus na cruz do Calvário e que aquela doença não te pertence, medite dia e noite na Palavra de Deus para se fortalecer, e permaneça declarando isso haja o que houver.

Se os exames apontarem uma piora, se o seu corpo parecer que não está reagindo, permaneça firme olhando para Jesus e crendo na obra da cruz. A sua batalha já está vencida! Mas você precisa crer e declarar isso com constância.

Além disso, faça um autoexame. Muitas doenças físicas são causadas por falta de perdão ou outras situações emocionais não resolvidas. Feche todas as brechas e desfrute da sua cura! Os sintomas se renderão ao poder de Deus!

EXPECTATIVA

 Quantos de nós já fomos dececionados por pessoas que não cumpriram as expectativas que tínhamos sobre elas? Vejo as vossas mãos no ar. A minha também está. Uma expectativa é o ato de antecipar ou ansiar por algo. Pode ser tão simples como um telefonema, a visita de um amigo ou uma carta. Quando uma expectativa não é cumprida, a pessoa passa por uma sensação de perda e depressão. As tuas expectativas podem moldar a tua perceção da realidade, destruir relacionamentos e mudar a tua vida, emocionalmente e fisicamente. Precisas de ter muito cuidado com as expectativas que guardas dentro de ti, porque as erradas podem tornar a tua vida desnecessariamente difícil.

As maiorias das expectativas não são expressadas. Apenas pairam sobre nós à medida que tentamos relacionar-nos com as pessoas. Aqui estão algumas delas: “As pessoas devem saber o que estou a tentar dizer.” “Todos devem gostar de mim.” “A vida deve ser justa.” “As pessoas devem concordar comigo.” As expectativas não refletem a realidade, mas criam uma ilusão do ideal. Quando há ilusão, vem a desilusão. Para manter relacionamentos saudáveis, temos de reduzir as expectativas que temos em relação àqueles com quem desejamos relacionarmo-nos.

Stephen Hawking, o famoso físico teórico e cosmólogo, aos 21 anos de idade contraiu uma forma lenta e progressiva de esclerose lateral amiotrófica, vulgarmente conhecida como doença de Lou Gehrig. Embora tenha ficado confinado a uma cadeira de rodas e a única forma de comunicar fosse através de um único músculo no rosto ligado a um dispositivo gerador de fala, ainda assim, destacou-se no campo da física quântica. É considerado uma das pessoas mais brilhantes, nos dias de hoje. Hawking disse isto sobre as expectativas: “As minhas expectativas foram reduzidas a zero quando eu tinha 21 anos. Tudo desde então tem sido um bónus.”

Quando Lázaro, o irmão de Marta, ficou doente, ela mandou chamar Jesus. Ela tinha visto Jesus curar muitos que estavam enfermos e esperava que Jesus fizesse o mesmo pelo seu irmão. Mas Jesus não veio quando ela esperava e Lázaro morreu. Ela ficou desapontada e desanimada. Quando finalmente Jesus chegou, (quatro dias depois da morte de Lázaro), o desapontamento de Marta para com Jesus foi exposto quando ela disse: “Se tu estivesses aqui, o meu irmão não teria morrido” (João 1:21). A sua expectativa em Jesus cegou-a e não conseguiu ver em Jesus mais do que alguém que cura. Não conseguiu vê-Lo como a fonte da vida e da ressurreição.

Os dois discípulos que estavam no caminho de Emaús, depois da morte de Jesus, não O reconheceram quando Ele falou com eles, por causa das expectativas que tinham acerca do Messias. Não acredito que sejamos muito diferentes deles. A nossa perceção de que aquilo que sentimos deveria ter acontecido, cega-nos da essência de quem Deus é e do que Ele está a fazer.

Para nos mantermos livres dos elementos destrutivos das expectativas, é importante prestarmos atenção a estas orientações simples. Primeiro, não esperes que os outros sejam responsáveis pela tua felicidade. A alegria é um fruto do Espírito Santo na tua vida. O teu bem-estar emocional deve vir do teu relacionamento com Deus e não das pessoas ou coisas. Em segundo lugar, aborda cada relação como uma experiência de aprendizagem. Liberta os outros das tuas expectativas sobre eles. Cada pessoa é um mundo a descobrir. Em seguida, comunica claramente os teus desejos e pontos de vista. Não esperes que os outros adivinhem ou saibam o que estás a pensar. Finalmente, faz e mantém acordos claros. Mesmo que as expectativas possam matar relacionamentos, a fidelidade e a honestidade vão construir amizades ao longo da vida. O perdão é o melhor remédio para os danos causados por expectativas não cumpridas. Sê o primeiro a perdoar e a pedir perdão.